Voz da Nova Resistência
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O mundo acompanhou com espanto conforme a polícia equatoriana de Quito invadia a Embaixada Mexicana no país para cumprir um mandado de prisão contra o ex-vicepresidente Jorge Glas, acusado de corrupção em um caso que levanta inúmeras suspeitas.

Jorge Glas foi vicepresidente do Equador entre 2013 e 2017, período que correspondeu às presidências de Rafael Correa e Lenin Moreno, até ser condenado a 6 anos de prisão, em dezembro de 2017, por suposta corrupção envolvendo licitações de obras que teriam sido entregues, mediante pagamento, à empresa brasileira Odebrecht.

O caso se deu no contexto da Operação Lava-Jato, que outrora levou à prisão do presidente brasileiro Lula, bem como a prejuízos incalculáveis em empregos, investimentos e obras que afetaram principalmente a Petrobrás e a Odebrecht. No Brasil, muitas decisões relativas à Operação Lava-Jato têm sido revogadas e anuladas nos últimos anos – naturalmente por causa, em primeiro lugar, das novas relações de força entre as elites políticas e econômicas brasileiras, mas não se pode ignorar que as provas usadas para conseguir condenações durante os processos sobre corrupção ligados à Lava-Jato eram extremamente frágeis.

Escreve Raphael Machado.

#Equador #Mexico #LATAM

@SCF_Portuguese
No dia 2 de junho celebrou-se no México a aguardada eleição presidencial. López Obrador, que governa o México desde 2018, não pode ser reeleito e isso colocou em questão o problema da sucessão, típico na América Latina.

Apesar de uma marcada tendência de crescimento da candidata liberal-libertária Xóchitl Gálvez, que saiu dos 22% de intenção de votos para aproximadamente 38%, e de controvérsias sobre as pesquisas de opinião, tudo já apontava para uma vitória de Claudia Sheinbaum, que disputou como representante do MORENA de López Obrador contando com aproximadamente 50% das intenções de voto – e no México não há 2º turno.

O período López Obrador foi significativo para o México; primeiro por romper com o duopólio político PRI/PAN, que governou o México por quase 90 anos. Mas não se tratou aí de uma mera mudança cosmética, com o México de fato assumindo um certo grau de soberanismo mais pronunciado em comparação com períodos anteriores.

Escreve Raphael Machado.

#Mexico #LATAM #Obrador

@SCF_Portuguese
Segundo dizia Juan Domingo Perón, o ano 2000 veria os países ibero-americanos unidos ou, caso contrário, subjugados. O novo milênio chegou, a integração continental não veio (para além de algumas iniciativas tímidas) e, de fato, os países da região, em geral, permaneceram sob a tutela do Ocidente coletivo.

Esse sonho da integração ibero-americana vem de longa data, como já tivemos oportunidade de mencionar em outras ocasiões. Ele já estava presente no próprio processo das independências e no pensamento original de Simón Bolívar, ainda que tenham prevalecido os interesses das oligarquias sectárias locais. E o papel do Brasil nesse projeto, visto como incerto nos tempos de Bolívar, já era praticamente consensual ao final do século XIX, quando do desenvolvimento da escola “arielista”, que traçava uma oposição fundamental entre a América de raiz anglo-saxã e a América de raiz ibérica, e preconizava a união da segunda contra a primeira.

Escreve Raphael Machado.

#America #EUA #Latam

@SCF_Portuguese
A General Laura Richardson esteve de volta à América do Sul no final de agosto, confirmando que, hoje, essa região é uma área de interesse mais imediatamente vital para os EUA do que era há 20 anos, por exemplo. Como já comentamos em outras ocasiões, nunca um comandante do SOUTHCOM dos EUA fez tantas visitas ao continente quanto Richardson.

Escreve Raphael Machado.

#EUA #SOUTHCOM #LATAM

@SCF_Portuguese
Em um sentido estratégico, o grau de desafio é elevado na medida em que se integra (parcialmente) nos BRICS um país que se situa no coração do Caribe, às portas dos EUA, pondo em xeque a ideia basilar da talassocracia norte-americana do Caribe como “Mare Nostrum”. A intencionalidade do desafio é confirmada pelas alusões anteriores a uma reativação da presença militar russa em Cuba, as quais acompanharam uma visita militar realizada em julho deste ano.

Escreve Raphael Machado.

#Kazan #Brics #Latam

@SCF_Portuguese
O Presidente Xi Jinping, da China, esteve em novembro no Peru para inaugurar a primeira fase do Porto de Chancay, um imenso complexo portuário relativamente perto da capital Lima, no valor de 3.5 bilhões de dólares, cuja finalidade é facilitar o transporte de bens ibero-americanos para a Ásia.

O porto, que será administrado pela companhia chinesa Cosco junto com a peruana Volcan, é parte da Iniciativa Cinturão & Rota e sua ideia de integração das rotas comerciais mundiais por meio de projetos de infraestrutura que facilitem os fluxos de mercadoria. Prevê-se que o porto de Chancay, por exemplo, reduzirá em 10 dias o tempo de transporte entre a Ásia e a América Ibérica, economizando até 20% nos custos logísticos. A tendência é que este porto incremente as trocas comerciais entre Rússia e o continente ibero-americano, as quais estão já no nível de 450 bilhões de dólares.

Escreve Raphael Machado.

#China #LATAM

@SCF_Portuguese