Voz da Nova Resistência
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Forwarded from Raphael Machado
O Monte Rinjani e o Montanhismo como Ascese

O Monte Rinjani, onde pereceu recentemente Juliana Marins, é um lugar fascinante das regiões mais concretamente tradicionais da Indonésia. Todo o local é sagrado para a etnia sasak, que habita os seus arredores, especialmente para os praticantes do Wetu Telu, uma religião sincrética que mistura Islã, Hinduísmo e Xamanismo balinês.

Em toda noite de Lua Cheia, os praticantes dessa religião realizam cerimônias perto do lago Segara Anak, que possui um formato de Lua Crescente. Segundo as lendas populares, o próprio Monte Rinjani é um deus e, simultaneamente, um espaço sagrado no qual habitam miríades de deuses e espíritos diversos.

A sua subida, para os sasaks, constitui um evento espiritual que só deve ser empreendido por aqueles que estão preparados...por fora e por dentro. Evidentemente, os próprios sasaks mais modernizados também aderiram à transformação da subida em um percurso na lógica da indústria do turismo.

O encanto do dólar é poderoso em seu poder de tornar excessivamente acessível aquilo que outrora dizia respeito apenas a grupos restritos de pessoas. Me recorda a polêmica do Monte Uluru, na Austrália, por muitos anos rebaixado a "ponto turístico" e "point para aventureiros", até que a pressão dos anangus fez o governo australiano proibir a escalada do monte.

Nas reflexões sobre a recente tragédia no Monte Rinjani há aqueles que defendem uma visão "espiritualizada" do caso, em que a falecida estava se arriscando em uma aventura perigosa e, com isso, dando à própria vida um valor superior, bem como aqueles que ressaltam o problema de uma excessiva comercialização e democratização do alpinismo - o seu rebaixamento a mero "esporte" ou "busca por experiências" (instragramáveis).

Me inclino para o segundo tipo de perspectiva, sem desprezar o primeiro.

Sobre o alpinismo ou montanhismo em si, me remeto a Domenico Rudatis, ele próprio alpinista e místico, que dizia que toda montanha é sagrada. Ela, ou mais especificamente seu cume ("porta dos Deuses", segundo Eliade), é o ponto de encontro entre o Céu (Homem, Pai) e a Terra (Mulher, Mãe), em uma simbolização do casamento sagrado de natureza cosmogônica.

Por isso, para Rudatis, uma escalada bem pode ser tomada como ascese mística. O montanhismo possui uma dimensão propriamente espiritual em sua prática, mas quando ele é conduzido de forma gradual e com a disposição interior e concentração adequadas. Desnecessário dizer, Rudatis considerava que quanto mais bugigangas técnicas no montanhismo, menos aberta para a transcendência estaria a experiência da escalada.

"Libertar-se significa, antes de tudo, libertar a mente da massa de falsidades, supérfluos, lixo de todos os tipos com os quais somos diariamente carregados, em nosso detrimento e para o benefício exclusivo dos mercados que já mencionei.
Aqueles que sentem e amam a montanha por si mesma, e não como um meio subordinado a outros interesses, conseguem, quase sem perceber, libertar suas mentes e almas no sentido agora especificado. As consequências são imediatas. Assim como um relógio que está muito sujo para e depois começa a bater novamente quando é limpo, nossa mente, quando é limpa, começa a se mover ativamente de novo e nos mostra qual é a verdade de nosso mundo, que antes não podia ser vista porque estava enterrada sob o lixo cotidiano.
Talvez esse seja o significado mais simples e claro do início da liberação". (Domenico Rudatis)

Impossível, ademais, ignorar Julius Evola, que em sua juventude foi também entusiasta do alpinismo e que possui alguns dos melhores escritos já produzidos sobre o tema.

Evola distingue a ascese espiritual do montanhismo de três abordagens comuns sobre o tema: 1) A meramente lírica ou poética, típica dos não alpinistas; 2) A naturista, que busca no montanhismo uma reconexão com a natureza em um mundo excessivamente civilizado e aburguesado; 3) A heroica, que pensa o montanhismo de uma perspectiva exclusivamente física.
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Forwarded from Raphael Machado
Evola não nega a validade da abordagem naturista e da abordagem heroica, mas considera que elas não vão longe o bastante no perceber o potencial da escalada. Para o Barão, subir uma montanha é algo a ser encarado como uma experiência interior transfiguradora cuja culminação é a conquista do cume, o qual põe o homem diretamente diante dos símbolos da eternidade, como o infinito céu azul. O homem que passa por essa experiência com a disposição interior correta e retorna à planície nunca mais precisa escalar uma montanha. Ele já porta a montanha dentro de si.

Um outro evoliano, Mario Polia, comenta sobre essa disposição interior como sendo a do "wei-wu-wei", ou seja, do "agir sem agir", da ação desinteressada que não é feita para "se provar" ou para "mostrar" o que quer que seja para terceiros. O alpinista deve estar dotado de uma pureza interior privada de orgulho, de paixão ou mesmo de desejo de vitória. A conquista da montanha não deve ser abordada como "sport" para que o seu potencial espiritual possa efetivamente aflorar.

Desnecessário dizer que está fora de cogitação buscar no montanhismo uma dimensão espiritual quando ele está inserido não apenas em um contexto "desportivo", mas, muito pior, num contexto turístico, em que o alpinismo é visto como "fuga" do tédio burguês, uma aventura paga feita no período de férias. Nesse contexto, o montanhismo não é nada além de uma forma "ativa" de consumismo, o qual quando acoplado à necessidade permanente de exibir a própria "aventura" no TikTok e no Instagram, está imbuído da natureza de espetáculo.

Não obstante, reservo pela falecida o respeito que se deve ter por quem teve uma "bela morte".

Para mim, excetuando a morte em combate e a morte por martírio, não há morte melhor e mais sublime do que a destruição da própria vida por um dos fenômenos extremos da natureza, expressões violentas do numinoso. Ser morto por um raio, cair num vulcão, ser arrasado por um tsunami ou tragado pelo chão em um terremoto, são mortes dignas e praticamente conseguimos intuir que quem morre dessa forma não tem uma destinação comum.

O Monte Rinjani, lar de deuses e espíritos, nesse sentido, é um lugar perigoso precisamente na medida de sua sacralidade.

Quanto mais perto do divino, mais perto da morte.
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Israel perde US$ 20 bilhões na guerra contra o Irã

Israel sofreu perdas diretas de US$ 12 bilhões em sua guerra contra o Irã, com perdas totais potencialmente chegando a US$ 20 bilhões.

De acordo com o jornal israelense Yedioth Ahronoth, o tesouro do regime já sofreu danos de NIS 22 bilhões de shekels (US$ 6,46 bilhões).

Especialistas alertam que o total final pode chegar a US$ 20 bilhões quando os impactos econômicos indiretos e os pedidos de indenização civil forem totalmente calculados.

O exército israelense agora busca NIS 40 bilhões de shekels adicionais (US$ 11,7 bilhões) para reabastecer o estoque de armas, comprar interceptadores e armas ofensivas adicionais e manter unidades de reserva, após pedidos pré-guerra de NIS 10 bilhões de shekels e, posteriormente, de NIS 30 bilhões de shekels.

O déficit orçamentário de Israel deve aumentar para aproximadamente 6% em meio aos desafios para financiar os gastos de guerra, com base nos déficits já acumulados durante a guerra de Gaza.

A medida coincide com previsões de uma desaceleração econômica de pelo menos 0,2%, o que reduziria ainda mais as receitas tributárias.

Clique aqui para ler a matéria completa em espanhol na HispanTV

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"Crer que dever-se-ia ser feliz meramente por estar vivo, apesar de se viver uma existência pavorosa, é pensar como um escravo; pensar que é prazeroso levar uma vida ordinária e confortável, é ter os sentimentos de um animal; os homens, porém, se tornam tão cegos que eles não conseguem nem mesmo ver que eles não vivem ou pensam como seres humanos. As pessoas tremem em agitação diante de uma parede escura e sonham com comprar máquinas de lavar e aparelhos de TV; eles olham com ansiedade para o amanhã, apesar de que ele não trará nada".

- Yukio Mishima
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♃ | Augusto Fleck
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27 de Junho é aniversário de João Guimarães Rosa, um colosso da literatura brasileira, cuja qualidade transcende os recursos estilísticos bem executados e o domínio e manipulação da lingua portuguesa com a maestria que somente os iniciados nos mistérios do que faz uma língua a morada do Ser possuem.

Guimarães Rosa vai além: ele mergulha nas águas profundas da pré-consciência humana e vai até aquelas imagens primordiais que emanam do imaginário humano, entendido aqui como a esfera da existência de onde emergem essas imagens primeiras a serem concatenadas pelas diferentes lógicas verbais que estruturam as bacias semânticas culturais.

Sua obra imortal, Grande Sertão: Veredas, é uma verdadeira realização alquímica (como sugeria Walnice Nogueira Galvão) em forma de prosa poética, ou “transprosa”, como o próprio Rosa preferia. A jornada de Riobaldo é uma metanarrativa que encarna o drama humano nas diversas etapas do percurso antropológico, sendo por vezes considerada uma cristalização mágica do regionalismo, ora uma análise das profundezas da alma individuada, com recursos goetheanos e psicoanalíticos.

Ali, o Sertão é o Cosmo Mítico, e o autor o contempla e dramatiza com precisão poética e ritmo que encarna o próprio genius loci sertanejo. A jornada heroica de Riobaldo é o próprio gesto do narrar a existência se desvelando diante do sujeito, prenhe de significados e perspectivismo das coisas mesmas que tomam vida e alma como na mitologia indígena. Longe da linearidade da história morta, Rosa evoca o tempo cíclico e a oralidade dos contadores de estória.

Em “Sagarana”, outra de suas clássicas obras, o regionalismo é o particular que contempla o universal, e é um espaço esotérico que existe no próprio Ser. “O Sertão é dentro da gente”, dizia. Ao mesmo tempo, não se preocupava tanto com os estereótipos, mas com aquilo se revela dentro deles, o espaço essencial e existencial. Sem se ater a crueza social que aparece em demasia n’outros autores, Rosa faz do drama regional algo cósmico, fundindo popular e erudito em camadas simbólicas que culminam em clímax mítico.

Fluente em doze idiomas e inventor de palavras, médico que receitava poesia como remédio, diplomata receoso que lançou mão de pseudônimo para iniciar carreira literária, profeta da própria partida, João Guimarães Rosa é autor inesquivável na literatura universal, e uma personalidade admirável dentre os singulares do povo brasileiro. Mais que escritor, criador, pois como revela ao delinear o diabo de seu Sertão em Veredas, o verdadeiro horror é sempre o não-ser.

O senhor sabe: o demônio é o vazio. O vazio é o que não está nem aqui nem lá. O demônio é o que não tem nome, nem rosto, nem história.

Seja sua memória eterna no imaginário da pátria brasileira!
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Forwarded from Editora ARS REGIA
A Coreia do Norte é um dos países mais incompreendidos do mundo, principalmente por causa da propaganda ocidental contra o país.

Visando desfazer equívocos e fornecer uma nova visão sobre a Coreia, lançamos A Ideia Juche, do português João Franco.

Garanta o seu exemplar enviando um e-mail para editora.arsregia@gmail.com
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Forwarded from HispanTV Brasil 🔻
ATAQUE DE MÍSSEIS IEMENITAS CONTRA O REGIME ISRAELENSE (tarde de sábado, 28 de junho, fuso local)

💥🇾🇪 Ao iniciar a cerimônia fúnebre dos mártires da guerra imposta pelo regime israelense, sirenes de alerta soaram nos territórios ocupados devido ao lançamento de mísseis do Iêmen.

Fonte: HispanTV

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A célula da NR Região dos Lagos, está tocando um projeto de treinos de Boxe para os jovens do Bairro Guarani, na cidade de Cabo Frio, e até o momento o número de jovens participantes só tem aumentado.

O projeto visa promover integração social, disciplina, honra e acesso ao esporte para as crianças da vizinhança.
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Em um sentido geral, todas essas figuras expressaram um imenso cansaço em relação a Trump, e mesmo o desejo de abandoná-lo caso ele siga em frente com a hipótese de atacar o Irã. O sentimento é ecoado por uma boa parte da base eleitoral de Trump – excetuando, naturalmente, judeus sionistas e cristãos evangélicos.

A questão, fundamentalmente, parece ser a seguinte: a instabilidade de Trump – evidente, por exemplo, em sua indisposição de ouvir a própria diretora de inteligência – pode arruinar a sua carreira política e sepultar a sua expectativa de deixar um legado positivo.

Escreve Raphael Machado.

#Trump #MAGA #Sionismo

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💥 “Boom Boom, Tel Aviv” agora tem videoclipe...

Quando a música se transforma em sátira explosiva.

Opiniões? 👀

Fonte: HispanTV

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Forwarded from Legio Victrix
https://legio-victrix.blogspot.com/2025/06/alain-de-benoist-nacao-e-imperio.html

"Ao examinar a história política europeia, constata-se imediatamente que a Europa foi o palco da elaboração, desenvolvimento e confronto de dois grandes modelos de unidade política: a nação, precedida e, de certa forma, preparada pelo Estado real, e o Império. Compreender o que os distingue, e particularmente identificar os traços específicos da ideia de Império, pode contribuir para lançar luz sobre o seu presente.

Recordemos, antes de tudo, alguns dados. Rômulo Augústulo, o último imperador do Ocidente latino, foi deposto em 475. Subsistiu, então, apenas o Império do Oriente. No entanto, parece que, após o desmembramento do Império do Ocidente, nasceu uma nova consciência unitária. A partir do ano 795, o papa Leão III data suas bulas não de acordo com o reinado do imperador de Constantinopla, mas sim com o de Carlos, rei dos francos e patrício dos romanos. Cinco anos depois, no dia de Natal do ano 800, Leão III impõe em Roma a coroa imperial sobre as têmporas de Carlos Magno. É a primeira renovatio do Império, que obedece à teoria da translatio imperii, segundo a qual o Império que ressuscitou em Carlos Magno é a continuação do Império Romano, pondo fim às especulações teológicas inspiradas na profecia de Daniel, que previa o fim do mundo após o fim do quarto império, ou seja, após o fim do Império Romano, que havia sucedido os impérios da Babilônia, da Pérsia e de Alexandre."
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Forwarded from Editora ARS REGIA
Filosofia e política são indissociáveis. E para demonstrar isso, Alexander Dugin recorre a Platão, em nosso lançamento Platonismo Político.

Com esse livro, Dugin visa lançar as bases para uma retomada do antigo projeto da República platônica, mas nos tempos atuais.

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