Voz da Nova Resistência
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Forwarded from Editora ARS REGIA
O que é a geopolítica? Quais são as leis que regem os conflitos geopolíticos? E o qual é a estratégia russa para o mundo?

O filósofo russo Alexander Dugin apresenta um manual completo de geopolítica em uma obra que é já renomada mundialmente como tendo prenunciado o atual conflito ucraniano.

Garanta já a sua cópia pelo e-mail editora.arsregia@gmail.com
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Forwarded from Raphael Machado
A Morte do "Direito à Cidadania"

Nos acostumamos a pensar a "cidadania" (ou seja, a plena participação na politeia) como um "direito fundamental" dotado de uma natureza "dada". Ou seja, ninguém precisa "fazer" o que quer que seja para tornar-se cidadão.

Você existe e é cidadão. Seja por filiação ou nascimento, alguma cidadania você terá. Isso ocorre porque, de um modo geral, a ideologia dos direitos humanos rejeita a ideia de que alguém poderia simplesmente "não ter cidadania". É a razão pela qual se considera a revogação da cidadania de alguém que não possua uma segunda cidadania como um atentado grave contra os direitos humanos. A apatridia é rechaçada pelo atual sistema internacional.

Tal como a maioria dos direitos ditos "humanos" - especialmente os inventados como "fundamentais" - a cidadania, apesar de ser uma categoria política, é lida como "inata". Um contrassenso, já que nada político é "inato", exceto pela própria politicidade do ser humano.

Nem sempre foi assim, ao longo da maior parte da história das civilizações inexistiu algo como a nossa concepção de cidadania. Ela é, propriamente, uma derivação dos direitos dos burgueses de cidades dotadas de estatutos especiais na Europa, logo elevadas a princípio universalista pela Revolução Francesa.

Seria um equívoco rastreá-la à "civitas" romana. A "civitas" nasce do pacto entre os homens romanos e sabinos por meio do qual eles se tornavam um só povo e se atribuíam determinados deveres e prerrogativas. O desvio em relação a esses deveres resultava na perda da "civitas". Nesse sentido, a "cidadania" romana não era um direito subjetivo (até porque os antigos desconheciam os direitos subjetivos) e sim um estatuto objetivo do qual os merecedores estavam legitimados a desfrutar. Durante a maior parte da história de Roma, portanto, apenas uma minoria dos habitantes da República e do Império era portadora da "cidadania", havendo uma complexa malha de "estatutos" para as outras categorias de habitantes: latinos, sócios/federados, provinciais, estrangeiros, mulheres, ex-escravos e escravos.

É apenas com o Edito de Caracalla que se pretende ampliar a cidadania para quase todos os habitantes do Império, numa época em que os deveres atrelados à cidadania também eram relativizados.

Retornando ao presente, para além da "cidadania" ter virado um direito subjetivo, ela virou também um "direito humano fundamental", de modo que há países que inclusive concedem direitos de cidadania a estrangeiros não formalmente cidadãos, como a Nova Zelândia. Sim, existem países nos quais qualquer residente pode votar.

Por uma leitura progressista da história, caminharíamos na direção de uma indiferenciação generalizada da cidadania ao ponto de sua extinção por meio da absolutização. Todos eventualmente desfrutariam dos mesmos direitos e, portanto, não faria sentido qualquer distinção entre "cidadão" e "estrangeiro".

Mas no meio do caminho havia uma pedra, Donald Trump.

Independentemente de sua incompetência, de sua torpeza e da traição de Trump aos ideais do MAGA, o novo Presidente dos EUA não tem escrúpulos em relação a violar princípios e pressupostos básicos da democracia liberal contemporânea. Apesar de ter sido dobrado, Trump não deixa de ser um populista iliberal.

E nesse sentido vai a sua modificação das regras de concessão de cidadania estadunidense, retirando a concessão de cidadania a filhos de não-cidadãos nascidos nos EUA com base no ius soli. A mudança em si, recentemente ratificada pela Suprema Corte, é relativamente pequena, mas é necessário entender que dentro de uma concepção progressista da história ela deveria ser impossível.

Trump também fala na revogação de cidadanias com base em comportamentos considerados, por ele, incompatíveis com os EUA (não vou entrar no mérito do conteúdo específico em questão). Na Alemanha, Suécia e alguns outros países europeus, aqueles que possuem dupla cidadania podem ter a sua cidadania revogada pelo cometimento de crimes.
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Forwarded from Raphael Machado
Trata-se, claramente, de uma superação da noção de que ao "indivíduo" cabe uma "cidadania" pelo mero fato dele nascer e existir. A cidadania é algo que pode ser "perdido", bem como é algo "especial" que não pode ser reconhecida a qualquer um pelo mero fato de existir. Características específicas são necessárias para seu reconhecimento.

Enquanto isso, na Rússia, surge outro desenvolvimento interessante. Ao mesmo tempo que aumenta o cerco contra os imigrantes ilegais, abre-se uma via para a cidadania através do serviço militar. O estrangeiro que arrisca a vida pela Rússia tem aberto um caminho para tornar-se cidadão. Ademais, todos os veteranos da operação militar especial terão direito a uma propriedade de terra, um privilégio que é claro eco da tradição romana de conceder uma propriedade ao legionário aposentado. Em paralelo, a Rússia tem passado a revogar a cidadania de naturalizados que não cumprem com seus deveres civis, incluindo o do serviço militar.

O Japão hoje tem um sistema de cidadania em "camadas" em que diferentes tipos de pessoas têm diferentes direitos e nem todo "cidadão" possui plenos direitos. A Malásia também possui um sistema semelhante. Mesmo no ocidental Canadá a plenitude dos direitos de cidadania só é acessível a partir do domínio do idioma oficial, mesmo para quem já tem a "cidadania canadense".

Ainda que seja impossível prever quão longe se irá no futuro, é fácil visualizar a possibilidade de um futuro no qual a cidadania plena esteja acessível apenas por merecimento, e em que diferentes graus de cidadania têm acesso a uma quantidade diferente de prerrogativas.

Uma cidadania vista como privilégio ao qual corresponde um dever, e não como um direito "gratuito" parece mais compatível com o mundo iliberal pro qual estamos caminhando.
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"O termo honroso para medíocre é, naturalmente, a palavra 'liberal'."

- Friedrich Nietzsche
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Na cabeça de Lula, a Venezuela não pode fazer parte dos BRICS, mas todos os países do G20 (incluindo os do G7) devem ser convidados para o bloco.


Há quem diga que isso é algum tipo de "estratégia" e "diplomacia", e não vassalagem pura e simples.
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FESTA JULINA DO GUARANI - CABO FRIO

Em uma iniciativa conjunta da NR com ativistas comunitários locais, está sendo organizada uma festa julina neste final de semana no bairro do Guarani, em Cabo Frio (RJ).

A entrada será gratuita. Teremos barraquinhas, comidas típicas, gincanas, diversão para a criançada - do pula pula ao touro mecânico - e tudo mais que se pode esperar de uma festa julina de bairro. O intuito da festa, para além de tornar vivas as tradições locais e dar uma oportunidade aos moradores do Guarani de curtirem uma festa em suas redondezas, é colaborar com o projeto de aulas de boxe gratuitas da Academia Nova Roma no mesmo bairro.

O dinheiro arrecadado com as barraquinhas será revertido para comprarmos novos equipamentos e instalações para as aulas de boxe para a juventude cabofriense do Guarani, projeto que já está a todo vapor graças também à colaboração intensa de professores de luta da cidade.

LOCAL: Cabo Frio RJ, Avenida Bispo Almir dos Santos, em frente ao Depósito do Gaúcho. Bairro Guarani.
DIAS E HORÁRIOS:
11/07 (Sexta-Feira): a partir das 18h
12/07 (Sábado): a partir das 18h
13/07 (Domingo): a partir das 10h.


Tendo isso em vista, pedimos a colaboração dos camaradas, nessa reta final, com o que puderem ajudar em nossa vaquinha para financiamento da festa. Quanto mais forte o caixa, melhor será o que poderemos oferecer ao evento. Os que quiserem contribuir, segue o pix: 105.124.717-97 (Bruno Nunes de Oliveira).
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Caso curioso:

Ontem notei que um artigo que publiquei em março estava se tornando viral na mídia francesa. O artigo era resultado de uma investigação de uma agência russa sobre o presidente francês Emmanuel Macron, que supostamente estaria formando um time de assassinos privados para eliminação de opositores políticos.

À época, meu artigo foi traduzido pelo jornalista francês Nicolas Bouvier, que ontem começou a republicá-lo repetidamente dizendo também que não planeja cometer suicídio. A princípio, não entendi o que estava acontecendo, mas então fui olhar as notícias:

Está havendo uma onda de misterioros "suicídios" de opositores de Macron.

Ontem morreu Olivier Marleix, deputado francês que denunciou um escândalo de corrupção por trás da venda da multinacional francesa Alstom para a General Electric. Marleix foi encontrado morto em um aparente suicídio.

Pouco antes dele, em 9 de junho, Eric Denécé — analista de inteligência, ativista pró-Rússia e também crítico do apoio à Ucrânia e do caso Alstom — também teria se suicidado.

Já em 11 de maio, o general Dominique Delawarde, conhecido por suas posições pró-Rússia e críticas ao lobby sionista, faleceu de forma repentina. Três mortes em menos de dois meses, todas envolvendo opositores de Macron e do sistema vigente.

Aparentemente, na França de Macron, há um suicídio por mês de dissidentes políticos. Uma verdadeira "epidemia", eu diria.

Imadiatamente, meu trabalho foi ressuscitado por perfis franceses. Meses atrás, dezenas de franceses me acusaram de "espalhar fake news" sobre o caso. Agora me dão razão.

Deve ser difícil viver na Europa atual.

Por via das dúvidas: eu não tenho qualquer intenção de tirar minha própria vida.
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Forwarded from HispanTV Brasil 🔻
Media is too big
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LÍDER DO IRÃ VAI A CERIMÔNIA DE LUTO POR ASHURA E SILENCIA BOATOS

O líder da Revolução Islâmica, Aiatolá Seyyed Ali Khamenei, desmentiu os boatos dele não aparecer em público depois das ameaças de morte dos EUA e Israel ao participar do evento anual de luto na véspera de Ashura.

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Forwarded from Raphael Machado
O principal problema econômico do governo Lula não é "gastança" como propagam os liberais. É que ele é simplesmente incapaz de fazer a economia crescer, até por aceitar os cabrestos institucionais que impedem o investimento público.

Com isso, o Brasil vai estar sempre correndo atrás de cortar gastos sem que isso tenha resultado. Daí não sobra alternativa além de seguir aumentando impostos e seguir mantendo juros altos.

E ano após ano a mesma fórmula é aplicada sem qualquer mudança significativa. Qualquer flutuação econômica maior é sempre fruto de eventos externos (pandemia/fim da pandemia, flutuações no dólar, flutuações no petróleo, etc.).

Economicamente, o Brasil parece uma pessoa que não sabe nadar se debatendo pra ficar com a cabeça acima d'água.
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