Nova Acrópole Brasil🇧🇷🏛
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Perfil oficial da escola de Filosofia Nova Acrópole
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Hoje eu vi a esperança, e sua visão me ajudou a entender o quanto e quantas coisas nós humanos perdemos para que essa imagem tenha que ser apresentada a nós.

Certamente muitas coisas se perderam; muitos valores foram quebrados neste estranho momento de transição histórica. Na verdade, falta luz, falta clareza de conceitos; a mente e os sentimentos ficam entorpecidos antes do cumprimento de suas funções naturais.

Tudo parece submergir numa inércia perigosa, cuja força de arrasto se traduz em destruição e violência em todas as ordens. É então, quando aparentemente nada resta no fundo da caixa da vida, que se vê a Esperança.

Esperança é esperar... é ter aquela dose de paciência e fé que nos permite superar o mau momento presente para lançar nossas energias em direção a um futuro melhor. Mas, cuidado... A esperança não pode esperar continuamente.

A esperança não é um dom para os inativos: nem mesmo para os que finalmente desistiram diante das dificuldades. A esperança é uma promessa, mas é preciso lutar muito para que essa promessa se torne realidade... Ela promete, nós cumprimos.

Não podemos – não devemos – renunciar ao esforço constante que a existência implica. Não é nobre abrandar o ímpeto quando as dificuldades são maiores. Justamente quando tudo parece impossível e intransponível, é quando a Esperança surge do fundo de sua caixa mágica, e promete outros tempos para quem souber vê-la.

Você também quer ver a Esperança? Você a verá envolta em véus de ilusão, turvas como os sonhos, mas tão reais quanto o entusiasmo que, tenho certeza, mora no fundo do seu coração.

Prof. Delia Steinberg Guzmán, presidente honorária de Nova Acrópole
Trecho do artigo "Hoje eu vi a Esperança".

#esperança #anonovo #sabedoria #filosofia #novaacropole
Estamos em Janeiro, o mês dedicado, desde épocas longínquas, ao deus Janos, formidável figura de face dupla, uma que olha para o passado e outra que aponta para o futuro. Para Janos não há presente; o presente é apenas o fugaz instante que divide o que foi do que virá, sem se fixar nem se deter em nenhum dos dois.

Para Janeiro, também não há presente: uma face lembra o ano transcorrido; a outra é a esperança do porvir. E essa dualidade parece influenciar igualmente aos homens, tomando, às vezes, a forma de uma indecisão que impede reconhecer claramente o caminho a seguir.
(..)
Pretendendo extrair sempre o melhor das coisas que nos rodeiam, Janos nos oferece um ensinamento: não restringir os sonhos tão somente ao presente, pois nada é duradouro quando se apoia na fragilidade de um minuto que voa e passa rápido. Para sonhar há que ter um material de ideais com o qual forma as novas imagens: o passado as traz com sua rica carga de exemplos e conhecimentos. Para sonhar, é preciso saber o que se quer e onde se quer chegar: o futuro sorri para aqueles que anseiam alcançá-lo com uma finalidade certeira. E - paradoxos de Janos - princípios e fins se apresentam muito semelhantes na medida em que nasce no homem a necessidade do bom e do absoluto: quem deu origem ao Universo será a meta do mesmo Universo, pelo qual o conceito de Deus brilha nitidamente nas mentes e nos corações. Deus não é uma abstração que aparece tão só na letra impressa nos livros, nem palavra que se pronuncia rapidamente nas orações habituais. Em Deus cabe tudo: os grandes princípios e os grandes fins, e os pequenos fins e princípios que dão sentido aos trabalhos de cada dia. De Deus se desprende perfeição, e há mil formas e longos caminhos para chegar a ela. Olhar, pois, para trás e para frente, seguros de um e de outro, e também uma maneira de encontrar Deus e promover a perfeição.
(...)
Janeiro possui dois rostos, e como janeiro, a vida inteira: a soma de tudo o que foi feito, e a responsabilidade de tudo o que ainda resta por fazer.

Trecho do art da prof. Delia Steinberg Guzmán, Presidente honorária internacional de Nova Acrópole

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