Palestra no nosso canal do youtube sobre o tema: https://youtu.be/kJOZ_2E30sU
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Confúcio: a convivência humana em tempos de crise - Dia Mundial da Filosofia 2020 - Nova Acrópole
Os ensinamentos do grande sábio chinês, Confúcio, pode nos ajudar a conviver melhor. Prof. Melissa Andrade membro voluntária da Nova Acrópole de Brasília. #diamundialdafilosofia2020
Qual a importância das relações no contexto atual? Para o filósofo Confúcio…
Qual a importância das relações no contexto atual? Para o filósofo Confúcio…
🎧🎻🎺Feliz Aniversário Franz Schubert ( 31/01/1797)🎊🎊🎉🎉
Schubert teve uma vida curta mas muito produtiva. Apesar de ter vivido apenas 31 anos, produziu uma obra bastante extensa. Escreveu mais de 600 canções (“lied” na Alemanha) influenciando definitivamente todos que escreveram canções depois dele. Escreveu também 7 sinfonias completas e a famosa “Sinfonia Inacabada”, o quinteto “A truta”, variadas obras de música de câmara e para piano, dentre outras. Em vida, sua influência não foi tão abrangente mas à medida que os anos foram passando compositores como Schumann, Brahms, Liszt e Mendelssohn encontraram e propagaram o valor de sua obra. Inspirou-se no romantismo inicial de Beethoven. Hoje é uma dos compositores mais executados da música clássica ocidental.
Links para obras de Schubert:
https://youtu.be/XpYGgtrMTYs - Ave Maria
https://youtu.be/oBPwpX3VDZE - Sinfonia Inacabada
https://youtu.be/ZZdXoER96is#t=14m00s – Quinteto a Truta ( talvez a melhor gravação de todos os tempos)
https://youtu.be/5PQtpc_5QHI - Ciclo de Lieds Winterreise ( infelizmente sem legendas!)
Schubert teve uma vida curta mas muito produtiva. Apesar de ter vivido apenas 31 anos, produziu uma obra bastante extensa. Escreveu mais de 600 canções (“lied” na Alemanha) influenciando definitivamente todos que escreveram canções depois dele. Escreveu também 7 sinfonias completas e a famosa “Sinfonia Inacabada”, o quinteto “A truta”, variadas obras de música de câmara e para piano, dentre outras. Em vida, sua influência não foi tão abrangente mas à medida que os anos foram passando compositores como Schumann, Brahms, Liszt e Mendelssohn encontraram e propagaram o valor de sua obra. Inspirou-se no romantismo inicial de Beethoven. Hoje é uma dos compositores mais executados da música clássica ocidental.
Links para obras de Schubert:
https://youtu.be/XpYGgtrMTYs - Ave Maria
https://youtu.be/oBPwpX3VDZE - Sinfonia Inacabada
https://youtu.be/ZZdXoER96is#t=14m00s – Quinteto a Truta ( talvez a melhor gravação de todos os tempos)
https://youtu.be/5PQtpc_5QHI - Ciclo de Lieds Winterreise ( infelizmente sem legendas!)
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Luciano Pavarotti - Ave Maria (Schubert)
Luciano Pavarotti (1935–2007) performs Schubert's "Ave Maria", live in concert with The Three Tenors in Los Angeles in 1994. Watch the full performance, available in digital video: https://w.lnk.to/The3TenorsLY
The Three Tenors (José Carreras, Plácido Domingo…
The Three Tenors (José Carreras, Plácido Domingo…
Vivemos em um mundo poluído e nos acostumamos com isso. Principalmente nas grandes cidades, o nível de poluição ambiental aumenta a cada dia, mas, como não podemos abandoná-las, porque nelas estão ancoradas nossas obrigações, simplesmente nos adaptamos a essa situação. Nosso organismo criou anticorpos, e quase naturalmente nos acostumamos ao antinatural.
Porém, o processo é mais complexo: a situação não se reduz ao meio físico, mas se expande aos planos psicológico e mental, contaminando as vivências humanas a pontos inimagináveis.
A sujeira psicológica se manifesta em emoções grosseiras que se introduzem em todos os espaços da vida. A violência, a agressividade, o egoísmo extremo, parecem ser as medidas usuais na maioria das sociedades.
Ao princípio, causam grandes sofrimentos – e continuam causando –, mas, se antes alguém se perguntava até onde seria possível suportar sem explodir, criamos anticorpos para nos defender e seguir adiante como podemos.
Certamente a insegurança, o temor, a vulnerabilidade, nos perseguem, mas os anticorpos geraram uma forma de indiferença que parece indiferença, mas não é. Essa frieza com que aceitamos as maiores crueldades – com a qual tomamos café da manhã todos os dias, graças aos meios de comunicação – é uma forma de resistir, um dizer a si mesmo “ainda não me atingiu, ou vai me atingir mais adiante, ou talvez nunca … “
E o que fazer com a corrupção que se apresenta inesperadamente em qualquer canto, até mesmo naqueles que considerávamos lugares conhecidos e seguros? De novo a indiferença, tirar o corpo fora e continuar andando como se não tivéssemos visto nada, pois intuímos que nosso protesto, além de estéril, seria prejudicial para a nossa segurança. Há aqueles que entram no jogo, justificando-o; outros se afastam para não adoecer. De uma forma ou de outra, os anticorpos nos fazem ver como algo quase normal o que, conscientemente, nos deixaria envergonhados.
As ideias que predominam hoje são atacadas por diversos vírus. Em princípio, não é comum ter ideias, pensar bem; há um conjunto bastante escasso de objetos reconhecidos pela opinião pública, habilmente manipulada e, na ausência de outra coisa, isso é o que todos acreditam pensar.
Diante da doença, os anticorpos voltaram a aparecer: assimilar essas ideias, se é que merecem chamar-se assim, e rejeitar qualquer outra que se oponha a elas. No fundo, essa passividade não é saudável, é apenas um reconhecimento subconsciente de que não aprendemos a raciocinar por conta própria e que, mesmo se tentássemos, seríamos considerados loucos.
Sofremos mutação. Embora os anticorpos nos ajudem a viver de certa maneira, essa forma de vida não é natural. Se de repente deixássemos nossas sociedades poluídas e fôssemos para algum lugar paradisíaco, onde tudo fosse diferente e melhor, quando voltássemos, descobriríamos até que ponto nos acostumamos a respirar em meio à sujeira.
Em tal situação, restam-nos duas opções: resignar-nos à mutação, acorrentando gerações humanas cada vez mais artificiais e adaptadas à poluição deformante, ou rejeitar a poluição, buscando remédios para limpar o ar, os sentimentos e as ideias. Esta última tarefa é muito difícil. Se tivéssemos começado antes, o trabalho seria menor, mas agora temos que enfrentar uma peste que nos sufoca e que, em muitas ocasiões, nos tira as forças para abrirmos passagem. Mas vale a pena. Não se trata de criar anticorpos, mas de viver com corpos sadios; não se trata de viver defendendo-se de mil ataques, mas de viver criando mais e melhores possibilidades para o ser humano. À luz da Filosofia, os campos da ecologia são infinitos.
Delia Steinberg Guzmán
Publicado em 07-12-2020
Porém, o processo é mais complexo: a situação não se reduz ao meio físico, mas se expande aos planos psicológico e mental, contaminando as vivências humanas a pontos inimagináveis.
A sujeira psicológica se manifesta em emoções grosseiras que se introduzem em todos os espaços da vida. A violência, a agressividade, o egoísmo extremo, parecem ser as medidas usuais na maioria das sociedades.
Ao princípio, causam grandes sofrimentos – e continuam causando –, mas, se antes alguém se perguntava até onde seria possível suportar sem explodir, criamos anticorpos para nos defender e seguir adiante como podemos.
Certamente a insegurança, o temor, a vulnerabilidade, nos perseguem, mas os anticorpos geraram uma forma de indiferença que parece indiferença, mas não é. Essa frieza com que aceitamos as maiores crueldades – com a qual tomamos café da manhã todos os dias, graças aos meios de comunicação – é uma forma de resistir, um dizer a si mesmo “ainda não me atingiu, ou vai me atingir mais adiante, ou talvez nunca … “
E o que fazer com a corrupção que se apresenta inesperadamente em qualquer canto, até mesmo naqueles que considerávamos lugares conhecidos e seguros? De novo a indiferença, tirar o corpo fora e continuar andando como se não tivéssemos visto nada, pois intuímos que nosso protesto, além de estéril, seria prejudicial para a nossa segurança. Há aqueles que entram no jogo, justificando-o; outros se afastam para não adoecer. De uma forma ou de outra, os anticorpos nos fazem ver como algo quase normal o que, conscientemente, nos deixaria envergonhados.
As ideias que predominam hoje são atacadas por diversos vírus. Em princípio, não é comum ter ideias, pensar bem; há um conjunto bastante escasso de objetos reconhecidos pela opinião pública, habilmente manipulada e, na ausência de outra coisa, isso é o que todos acreditam pensar.
Diante da doença, os anticorpos voltaram a aparecer: assimilar essas ideias, se é que merecem chamar-se assim, e rejeitar qualquer outra que se oponha a elas. No fundo, essa passividade não é saudável, é apenas um reconhecimento subconsciente de que não aprendemos a raciocinar por conta própria e que, mesmo se tentássemos, seríamos considerados loucos.
Sofremos mutação. Embora os anticorpos nos ajudem a viver de certa maneira, essa forma de vida não é natural. Se de repente deixássemos nossas sociedades poluídas e fôssemos para algum lugar paradisíaco, onde tudo fosse diferente e melhor, quando voltássemos, descobriríamos até que ponto nos acostumamos a respirar em meio à sujeira.
Em tal situação, restam-nos duas opções: resignar-nos à mutação, acorrentando gerações humanas cada vez mais artificiais e adaptadas à poluição deformante, ou rejeitar a poluição, buscando remédios para limpar o ar, os sentimentos e as ideias. Esta última tarefa é muito difícil. Se tivéssemos começado antes, o trabalho seria menor, mas agora temos que enfrentar uma peste que nos sufoca e que, em muitas ocasiões, nos tira as forças para abrirmos passagem. Mas vale a pena. Não se trata de criar anticorpos, mas de viver com corpos sadios; não se trata de viver defendendo-se de mil ataques, mas de viver criando mais e melhores possibilidades para o ser humano. À luz da Filosofia, os campos da ecologia são infinitos.
Delia Steinberg Guzmán
Publicado em 07-12-2020
🎧🎻🎺 Sonhos de uma noite de verão , Felix Mendelssohn Bartholdy
Mendelssohn escreveu sua música para a peça de Shakespeare aos poucos ao longo da vida. Finalizou por volta dos 33 anos . Nessa suíte ( conjunto de peças separadas mas com um tema comum) encontramos belas passagens e também a famosa marcha nupcial até hoje muito executada nas cerimonias de casamento mundo afora.
Ouçam a partir o trecho "con moto tranquilo" até a marcha nupcial. Terão uma ideia da obra como um todo e do prodígio desse jovem compositor.
Link: https://youtu.be/Bt_xG20IhTo#t27m06s
Mendelssohn escreveu sua música para a peça de Shakespeare aos poucos ao longo da vida. Finalizou por volta dos 33 anos . Nessa suíte ( conjunto de peças separadas mas com um tema comum) encontramos belas passagens e também a famosa marcha nupcial até hoje muito executada nas cerimonias de casamento mundo afora.
Ouçam a partir o trecho "con moto tranquilo" até a marcha nupcial. Terão uma ideia da obra como um todo e do prodígio desse jovem compositor.
Link: https://youtu.be/Bt_xG20IhTo#t27m06s
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Legendas em português: Sonho de uma Noite de Verão, de Mendelssohn
FELIX MENDELSSOHN-BARTHOLDY (1809-1847)
Sonho de uma Noite de Verão, Abertura e Música de cena
Opus 21 (1826), Abertura
Opus 61 (1842), Música de cena
[trechos selecionados / excerpts]
Ouvertüre
I. Scherzo
III. Lied mit chor
V. Allegro appassionato …
Sonho de uma Noite de Verão, Abertura e Música de cena
Opus 21 (1826), Abertura
Opus 61 (1842), Música de cena
[trechos selecionados / excerpts]
Ouvertüre
I. Scherzo
III. Lied mit chor
V. Allegro appassionato …
Artigo: Inteligência natural:
Em uma época em que o tema “inteligência artificial” está tão em moda a ponto de já existir, por parte dos mais imaginativos, uma espécie de contagem regressiva para a chamada “singularidade”, momento em que a inteligência de uma máquina superará a de um ser humano, gostaria de fazer uma pequena contribuição, uma gota de reflexão para ajudar a ver com mais detalhes aquilo que se pretende copiar: a inteligência natural.
Tenho falado bastante, em minhas conferências (existe uma especificamente sobre Consciência Humana e Inteligência Artificial, inclusive, disponível no Canal da Nova Acrópole no YouTube), sobre a etimologia da palavra inteligência, que a relaciona com “escolher dentre”, ou seja, com discernimento e identidade, que nada mais são do que o encontro de si mesmo, apesar da poderosa persuasão do meio querendo “escolher” por nós. Já tratei bastante, também, acerca de uma série de vias de conhecimento bem peculiares à inteligência humana que não compreendemos; inclusive, em muitos casos, sequer sabemos de sua existência.
Mas o que sugiro, neste pequeno artigo, é dar destaque a um outro detalhe do assunto, além dos já citados, sugerido por alguns autores clássicos, mas também acrescido de algumas vivências de minha parte. Pois bem, percebo a inteligência não como algo a que se deve chegar, mas algo do qual se parte. Sim, ela seria um ponto de partida, como um sistema que, uma vez ativado, disponibiliza para nós uma série muito numerosa de aplicativos engenhosos para recolher conhecimentos das mais diversas e peculiares formas. Mas como ativar este sistema?
Em uma época em que o tema “inteligência artificial” está tão em moda a ponto de já existir, por parte dos mais imaginativos, uma espécie de contagem regressiva para a chamada “singularidade”, momento em que a inteligência de uma máquina superará a de um ser humano, gostaria de fazer uma pequena contribuição, uma gota de reflexão para ajudar a ver com mais detalhes aquilo que se pretende copiar: a inteligência natural.
Tenho falado bastante, em minhas conferências (existe uma especificamente sobre Consciência Humana e Inteligência Artificial, inclusive, disponível no Canal da Nova Acrópole no YouTube), sobre a etimologia da palavra inteligência, que a relaciona com “escolher dentre”, ou seja, com discernimento e identidade, que nada mais são do que o encontro de si mesmo, apesar da poderosa persuasão do meio querendo “escolher” por nós. Já tratei bastante, também, acerca de uma série de vias de conhecimento bem peculiares à inteligência humana que não compreendemos; inclusive, em muitos casos, sequer sabemos de sua existência.
Mas o que sugiro, neste pequeno artigo, é dar destaque a um outro detalhe do assunto, além dos já citados, sugerido por alguns autores clássicos, mas também acrescido de algumas vivências de minha parte. Pois bem, percebo a inteligência não como algo a que se deve chegar, mas algo do qual se parte. Sim, ela seria um ponto de partida, como um sistema que, uma vez ativado, disponibiliza para nós uma série muito numerosa de aplicativos engenhosos para recolher conhecimentos das mais diversas e peculiares formas. Mas como ativar este sistema?
O grande filósofo Platão, a partir de sua célebre “Teoria das Ideias”, repete, em algumas ocasiões de sua obra, que a maior de todas as ideias seria a ideia do Bem, sendo todas as demais subordinadas a ela; no muito conhecido “Mito da Caverna”, esta ideia fundamental é, inclusive, comparada à luz do sol. Também o filósofo Immanuel Kant considera que todas as virtudes não são mais que meios e, como tais, podem ser usadas para o bem ou para o mal, com a única exceção da boa vontade, ou seja, uma vontade profunda de chegar ao Bem, que é sempre e incondicionalmente boa. Senão, percebam como virtudes tais como organização, fidelidade, iniciativa, coragem e criatividade, além de outras, têm sido fortemente usadas a favor do chamado “crime organizado”, por exemplo, potencializando-o cada dia mais.
Ocorre algo interessante com o nosso “Conceito do Bem”, tantas vezes relacionado ao Todo e a Deus; sem qualquer intenção de especulações de cunho teológico, com certeza, esta poderosa Ideia é como se fosse mesmo uma espécie de Sol, uma fonte gigantesca de energia. Como experiência para comprovar a teoria, experimente dedicar um dia inteiro a pensar e agir inspirado apenas por formas mentais elevadas e generosas, por atos puros e benfeitores, sem deixar que nada contrário a isso penetre em sua mente. Ao final do dia, o nível de energia que canalizamos é impressionante. Tenho a impressão de que, após um dia como estes, seria capaz de enfrentar grandes obstáculos (que, em outras ocasiões me intimidariam), com sucesso. Nosso pensamento fica concentrado e eficaz, nossa capacidade de compreensão racional e simbólica fica muito mais aguçada e precisa. Sempre me pergunto acerca de que tipo de ser humano nos tornaríamos se conseguíssemos manter este estado por um prazo maior.
Esta Ideia-sol, essa grande bateria cósmica, que é o Bem, quando conectada à nossa inteligência, gera um fluxo de criatividade, de capacidade de geração e renovação que é mesmo impressionante, e vai despertando “aplicativos” impensáveis, que saem gerando “links” para níveis de percepção e coleta de conhecimento absolutamente inusitados. Por exemplo, há o link para a “inteligência empática”, que nos faz perceber o momento emocional do outro e o quanto pode estar necessitando de ajuda; há o link “simbólico”, que sai retirando ensinamentos válidos até de uma pedra, que encontramos em nosso jardim, além de nos franquear acesso à compreensão de grandes mitos do passado; há o link “sistêmico”, que nos faz sentir a humanidade como nossa família, e desperta um senso de compromisso e responsabilidade excepcional, além de muitos outros.
E , além disso tudo, ainda há o chamado “processo de fluxo”, que ocorre quando somos despertos pela ideia o Bem, atuamos, geramos frutos e os devolvemos a esta mesma Ideia geradora que os concebeu e inseminou em nós. Somos como a terra, que não espera que seus frutos sejam dela, mas apenas que lhe deem novas sementes para continuar seu processo de transformação e geração de vida e alimento. Com este fluxo, a energia circula e volta até nós, sempre e cada vez mais potente. Livres de apegos e a serviço do Bem, somos como aquele Ulisses, em sua Odisseia, que só após perder navios, homens, sua jangada, suas roupas, tudo, enfim, e mergulhar despido no mar, emerge puro e consegue prosseguir seu caminho rumo à sua amada Ítaca, a “brilhante”. Ou melhor, não despido de todo, mas com seu peito protegido pelo veu da Deusa Ino:
Sê cordato,/As vestes e o madeiro, entrega-os às vagas;/Lança-te a nado à ilha, onde um refúgio/é destinado a ti; toma, e, aos peitos, esta/cinge, para salvar-te, imortal cobertura./Ao negro ponto, às praias, mal as atinjas,/virando as costas, para trás a arrojes”´´.
— Homero. Odisseia, livro V, 245
Ou seja, seu coração/centro de identidade é protegido por uma ideia divina, que não o deixa perdido, ao sabor das marés e de seus perigos. Quem sabe a Ideia do Bem?
Orientar a inteligência pela ideia o Bem significa, na prática, por exemplo, ser fiel ao objetivo de conduzir todos aqueles com quem contracenamos, em nossa vida, em direção
Ocorre algo interessante com o nosso “Conceito do Bem”, tantas vezes relacionado ao Todo e a Deus; sem qualquer intenção de especulações de cunho teológico, com certeza, esta poderosa Ideia é como se fosse mesmo uma espécie de Sol, uma fonte gigantesca de energia. Como experiência para comprovar a teoria, experimente dedicar um dia inteiro a pensar e agir inspirado apenas por formas mentais elevadas e generosas, por atos puros e benfeitores, sem deixar que nada contrário a isso penetre em sua mente. Ao final do dia, o nível de energia que canalizamos é impressionante. Tenho a impressão de que, após um dia como estes, seria capaz de enfrentar grandes obstáculos (que, em outras ocasiões me intimidariam), com sucesso. Nosso pensamento fica concentrado e eficaz, nossa capacidade de compreensão racional e simbólica fica muito mais aguçada e precisa. Sempre me pergunto acerca de que tipo de ser humano nos tornaríamos se conseguíssemos manter este estado por um prazo maior.
Esta Ideia-sol, essa grande bateria cósmica, que é o Bem, quando conectada à nossa inteligência, gera um fluxo de criatividade, de capacidade de geração e renovação que é mesmo impressionante, e vai despertando “aplicativos” impensáveis, que saem gerando “links” para níveis de percepção e coleta de conhecimento absolutamente inusitados. Por exemplo, há o link para a “inteligência empática”, que nos faz perceber o momento emocional do outro e o quanto pode estar necessitando de ajuda; há o link “simbólico”, que sai retirando ensinamentos válidos até de uma pedra, que encontramos em nosso jardim, além de nos franquear acesso à compreensão de grandes mitos do passado; há o link “sistêmico”, que nos faz sentir a humanidade como nossa família, e desperta um senso de compromisso e responsabilidade excepcional, além de muitos outros.
E , além disso tudo, ainda há o chamado “processo de fluxo”, que ocorre quando somos despertos pela ideia o Bem, atuamos, geramos frutos e os devolvemos a esta mesma Ideia geradora que os concebeu e inseminou em nós. Somos como a terra, que não espera que seus frutos sejam dela, mas apenas que lhe deem novas sementes para continuar seu processo de transformação e geração de vida e alimento. Com este fluxo, a energia circula e volta até nós, sempre e cada vez mais potente. Livres de apegos e a serviço do Bem, somos como aquele Ulisses, em sua Odisseia, que só após perder navios, homens, sua jangada, suas roupas, tudo, enfim, e mergulhar despido no mar, emerge puro e consegue prosseguir seu caminho rumo à sua amada Ítaca, a “brilhante”. Ou melhor, não despido de todo, mas com seu peito protegido pelo veu da Deusa Ino:
Sê cordato,/As vestes e o madeiro, entrega-os às vagas;/Lança-te a nado à ilha, onde um refúgio/é destinado a ti; toma, e, aos peitos, esta/cinge, para salvar-te, imortal cobertura./Ao negro ponto, às praias, mal as atinjas,/virando as costas, para trás a arrojes”´´.
— Homero. Odisseia, livro V, 245
Ou seja, seu coração/centro de identidade é protegido por uma ideia divina, que não o deixa perdido, ao sabor das marés e de seus perigos. Quem sabe a Ideia do Bem?
Orientar a inteligência pela ideia o Bem significa, na prática, por exemplo, ser fiel ao objetivo de conduzir todos aqueles com quem contracenamos, em nossa vida, em direção
ao ideal para o qual a natureza os criou e rumo ao qual ela os destina, sem querer para nós nada além de servi-lo. No mito da caverna, o homem só saiu das trevas ao aprender a olhar para as coisas iluminadas pela luz do sol, ou seja, pela Ideia do Bem, e não pela luz limitada de seus interesses pessoais. A máxima dos cavaleiros templários já dizia:
“- Nada para nós, Senhor, nada para nós, mas tudo pela Glória do Teu Nome.”
Uma pequena porção dessa conexão inteligência/Bem me permite, por exemplo, possuir a coragem necessária para me lançar ao estudo de livros tidos como impenetráveis, não com a pretensão louca de esgotá-los, mas confiante de que não sairei deles com as mãos inteiramente vazias, e sim com uma porção, que pequena, de ideias e conhecimentos passíveis de serem vividos e compartilhados. Assim, também podemos nos lançar à vida mais perceptivos, criativos e seguros, pois percebemos suas leis e confiamos nelas, abolindo a energia gasta com confrontos e conflitos inúteis e banais..
Enfim, é inumerável a quantidade de possibilidades e de “interfaces” internas e externas que a inteligência impulsionada pela ideia do Bem pode desenvolver e desenvolve, de fato. O potencial humano flui e aponta para inúmeras outras novas possibilidades, todas transformadoras, contanto que sempre assumidas com responsabilidade, compromisso e busca de harmonia.
E não se trata apenas de ideias copiadas de alguém, mas de uma experiência própria de vida, sujeita a ser demonstrada e oferecida aos demais. Definitivamente, há que partir agora para o conhecimento da inteligência natural, com todas as suas múltiplas possibilidades e prodígios, caso se queira de fato replicá-la... Resta saber se, depois de desvendarmos o mistério e a maravilha própria da inteligência natural, a sua réplica ainda parecerá necessária ou será de fato desejada!
Prof. Lucia Helena Galvão
“- Nada para nós, Senhor, nada para nós, mas tudo pela Glória do Teu Nome.”
Uma pequena porção dessa conexão inteligência/Bem me permite, por exemplo, possuir a coragem necessária para me lançar ao estudo de livros tidos como impenetráveis, não com a pretensão louca de esgotá-los, mas confiante de que não sairei deles com as mãos inteiramente vazias, e sim com uma porção, que pequena, de ideias e conhecimentos passíveis de serem vividos e compartilhados. Assim, também podemos nos lançar à vida mais perceptivos, criativos e seguros, pois percebemos suas leis e confiamos nelas, abolindo a energia gasta com confrontos e conflitos inúteis e banais..
Enfim, é inumerável a quantidade de possibilidades e de “interfaces” internas e externas que a inteligência impulsionada pela ideia do Bem pode desenvolver e desenvolve, de fato. O potencial humano flui e aponta para inúmeras outras novas possibilidades, todas transformadoras, contanto que sempre assumidas com responsabilidade, compromisso e busca de harmonia.
E não se trata apenas de ideias copiadas de alguém, mas de uma experiência própria de vida, sujeita a ser demonstrada e oferecida aos demais. Definitivamente, há que partir agora para o conhecimento da inteligência natural, com todas as suas múltiplas possibilidades e prodígios, caso se queira de fato replicá-la... Resta saber se, depois de desvendarmos o mistério e a maravilha própria da inteligência natural, a sua réplica ainda parecerá necessária ou será de fato desejada!
Prof. Lucia Helena Galvão
Há um episódio sobre a música no cinema ficou bem interessante e pode qualificar ainda mais suas apreciações de filmes. Disponível na plataforma Acrópole Play
Assine em www.acropoleplay.com
Assine em www.acropoleplay.com
Atendendo pedidos teremos nova temporada da peça sobre Helena Blavatsky escrita pela Prof. Lúcia Helena Galvão, interpretado pela atriz Beth Zalcman e dirigido por Luiz Antônio Rocha
Ingressos: https://linktr.ee/hpbteatro
💡Monólogo teatral inspirado na trajetória e na obra da escritora russa Helena Blavatsky escrito pela Prof Lúcia Helena Galvão.
🔺Temporada Online: De 21/02 a 30/03 . Aos domingos, às 19h30, e às terças-feiras, às 20h30.
🔺Ingressos: a partir de R$ 30 - Parte do valor arrecado será destinado ano nosso projeto social @criancaparaobem
🔺Onde comprar e assistir: www.sympla.com.br (link no store)
🔺Classificação etária: 14 anos
Ingressos: https://linktr.ee/hpbteatro
💡Monólogo teatral inspirado na trajetória e na obra da escritora russa Helena Blavatsky escrito pela Prof Lúcia Helena Galvão.
🔺Temporada Online: De 21/02 a 30/03 . Aos domingos, às 19h30, e às terças-feiras, às 20h30.
🔺Ingressos: a partir de R$ 30 - Parte do valor arrecado será destinado ano nosso projeto social @criancaparaobem
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🔺Classificação etária: 14 anos
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