Se entendermos a humildade como a carência de vaidades; como uma não sobrevalorização deste mundo passageiro; como uma atitude de vigília e respeito para com todos os seres vivos, especialmente para aqueles mais virtuosos e sábios que nós; a humildade é, sem lugar a dúvidas, uma característica distintiva das Almas inclinadas a todo o nobre e, sobretudo, à existência viva de Deus. Assim entendida, a humildade é a melhor pedra da coroa das virtudes e não podemos conceber um homem ou uma mulher que por justiça passaram à História sem o enfeite da humildade.
A humildade é, então, carência de fantasia insana, Amor por todos e Serviço para todos, pois o realmente humilde faz-se pequenino para que, mais comodamente, caibam seus irmãos na sombra benéfica da árvore da Vida. Sentindo a Divina Presença em si, reconhece - como faziam os Templários - que toda boa ação tem origem Divina, pois, sendo O Divino como raio de luz, o diminuir-se frente a ele permitiria sua melhor passagem na Terra. Toda ostentação e personalismo seria como insana tela que absorveria, egoísta e inutilmente, os raios do sol-divindade.
Mas, como tudo em excesso termina em uma aberração que nega o mesmo que diz afirmar, existem muitos "humildes" que fazem de sua falsa humildade uma máscara, bela e sofisticada, de sua imensa vaidade interior.
(...)
Devemos, então, saber distinguir entre a verdadeira e a falsa humildade; entre o humilde de Coração e o humilde teatral que usa sua paródia para o benefício do que ele acredita e, na ausência de argumentos, força as portas das alheias razões com as gruas da sensibilidade e a piedade dos outros.
A falsa humildade é a imagem invertida e descolorida da verdadeira, que nos dá o grande espelho da ilusão dos sentidos. Filósofo: um fio de verdadeira humildade vale mais do que um manto de pesadas estopas.
Trecho do artigo "Meditações Sobre a Humildade" de Jorge Ángel Livraga, fundador de Nova Acrópole. Publicado em Abril de 1980 na Revista Nova Acrópole n. 71.
#virtudesnovaacrópole
A humildade é, então, carência de fantasia insana, Amor por todos e Serviço para todos, pois o realmente humilde faz-se pequenino para que, mais comodamente, caibam seus irmãos na sombra benéfica da árvore da Vida. Sentindo a Divina Presença em si, reconhece - como faziam os Templários - que toda boa ação tem origem Divina, pois, sendo O Divino como raio de luz, o diminuir-se frente a ele permitiria sua melhor passagem na Terra. Toda ostentação e personalismo seria como insana tela que absorveria, egoísta e inutilmente, os raios do sol-divindade.
Mas, como tudo em excesso termina em uma aberração que nega o mesmo que diz afirmar, existem muitos "humildes" que fazem de sua falsa humildade uma máscara, bela e sofisticada, de sua imensa vaidade interior.
(...)
Devemos, então, saber distinguir entre a verdadeira e a falsa humildade; entre o humilde de Coração e o humilde teatral que usa sua paródia para o benefício do que ele acredita e, na ausência de argumentos, força as portas das alheias razões com as gruas da sensibilidade e a piedade dos outros.
A falsa humildade é a imagem invertida e descolorida da verdadeira, que nos dá o grande espelho da ilusão dos sentidos. Filósofo: um fio de verdadeira humildade vale mais do que um manto de pesadas estopas.
Trecho do artigo "Meditações Sobre a Humildade" de Jorge Ángel Livraga, fundador de Nova Acrópole. Publicado em Abril de 1980 na Revista Nova Acrópole n. 71.
#virtudesnovaacrópole