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“Os Livros” - LIVE com a Prof.ª Lúcia Helena Galvão

https://youtu.be/wAqrWr3nr2c

Série de comentários sobre o livro "As Relações Humanas" de Sêneca - LIVE com a Prof.ª Lúcia Helena Galvão 31/07/2020, sexta-feira, às 20h.

Sobre o livro "As Relações Humanas" do filósofo estoico Sêneca: Sêneca escreveu esta obra em sua velhice quando tinha se retirado da vida pública para sua casa de campo. É uma série de cartas que ele dirige a Lucílio, iniciadas em julho de 62 d.C., e corresponde ao breve período de menos de três anos de vida que ainda lhe restavam. Em abril de 65 ele corta os pulsos por ordem do imperador déspota Nero. Assim, as cartas consagradas à amizade é um prelúdio que inspira o discípulo a cultivar com o mestre uma amizade virtuosa e inteira, para em seguida propiciar o desenvolvimento de temas mais aprofundados, aqueles que levarão o amigo à sabedoria.
Assim, na sequência vem os temas da eloquência e dos livros, da atitude do sábio diante da morte, e, por último, a Filosofia.
Começa da aqui a pouco
Iniciamos a semana da arte com essa inspiradora reflexão na noite de ontem, 03, na palestra sobre o gênio da pintura Alma-Tadema com a Prof. Juliana Limeira.
O evento continua até o dia 09 e está sendo transmitido no nosso canal do youtube.
Assista a palestra de ontem nesse link: https://youtu.be/FwN8BSaX7yQ
“Quando há um sentido de beleza, tudo o que se faz obedecendo a esse sentido belo será. Da mesma forma, ao haver um sentido de virtude ou de retidão, a medida que se entra em ação, tudo que se faz, pensa ou sente é correto e belo”.

Estas palavras tão inspiradoras, e todo o artigo do mesmo autor, são uma ode à beleza em seu aspecto mais elevado, como uma forma de se afastar dos problemas cotidianos e deixar que a alma respire livremente.

Em primeiro lugar, é necessário esclarecer que quando nos referimos ao “sentido” da beleza, não nos referimos a nenhum dos cinco sentidos habituais. Este é um “sentido interno”, para lhe dar um nome, que está mais relacionado com as percepções interiores e com a intuição.

Esse sentido nos traz várias perguntas e também considera a Beleza sob vários ângulos, tão sutis que as palavras sempre serão pobres para expressar.

O que é a Beleza? Poderíamos defini-la de uma maneira que pudesse ser válida para todas as pessoas?

Não, é quase impossível defini-la porque cada um faria de uma forma diferente, de acordo com sua própria personalidade, a variação dos seus estados de ânimo, suas experiências, suas vivências, seus hábitos, preconceitos… também o faria de acordo com sua maturidade, quando os anos realmente nos permitem amadurecer com as experiências.

Então, teríamos que aceitar que a Beleza é uma questão de opinião?

Também não podemos considerar assim, ainda que, infelizmente, a Beleza, como muitas outras percepções internas, foi manipulada até acomoda-la às modas e todo o dinheiro que se pode obter a partir daí.

Hoje comerciamos com o feio ou o absurdo porque fomos habituados a concordar com o que todos aprovam, sem nos importar com os porquês. Em muitas ocasiões nos perguntamos: por que temos que aceitar o feio, o que nos produz rechaço, o que nos obriga a reconhecer que não compreendermos nada, só pelo fato de que é o que todos aprovam, o que mais vende ou que está na vanguarda da moda?

Em vista de tal situação, precisamos buscar uma Beleza verdadeira que, ainda que indefinível, ao menos seja captada por todos e seja perdurável ao longo do tempo. Uma Beleza atemporal e arquetípica, um modelo que sempre cause admiração e desejos de unir-se à harmonia que emana.

A ideia arquetípica da Beleza nos leva a diferenciar a beleza exterior da beleza interior.

A beleza exterior se fundamenta sobretudo nas formas que, gostemos ou não, mudam e se destroem. A beleza interior pode ser subjetiva, e de fato é, mas é capaz de encontrar a essência de todas as coisas quando se buscam os elementos permanentes, além das formas. Para isso, temos que utilizar uma forma especial de ver, de ouvir e de perceber em geral.

A Beleza se aprecia instantaneamente quando a consciência está serena e não condicionada às circunstâncias nem às opiniões. É captada como um impacto de proporções harmoniosas, nem sempre consciente, mas que, no entanto, desperta uma parte desconhecida da própria consciência.

O mais importante é que apesar de não poder definir a Beleza nem conhecer a própria consciência em profundidade, se produz uma mudança benéfica, uma tendência tranquila à concentração, a reflexão, a unidade, sem elaborações mentais que destruiriam esse estado de ânimo que está além de todo sentimento.

Esta Beleza não resiste ao pensamento analítico; o inclui sem pensa-lo. O intelectualismo a destrói. Ao contrário, a Beleza profunda produz emanações de delicadeza, sensibilidade, refinamento, equilíbrio, eficácia na expressão; nos aproxima da retidão, da compreensão e do amor.

A Beleza arquetípica se reflete de maneira natural nas formas belas.

Poderíamos afirmar que toda a Natureza é bela porque não busca os adornos artificiais, por que não “sabe” que é bela, simplesmente é, por isso impacta a alma. Porque tudo na Natureza tende à evolução, o que significa que tende à sua própria verdade essencial, e, por conseguinte, à Beleza.
Também podemos afirmar que a Arte é beleza, ainda que entraríamos em uma polêmica similar à da definição da Beleza. É certo que teríamos que especificar o que entendemos por Arte. Há muitas formas da verdadeira Arte e são aquelas que comovem a alma e nos harmonizam. São aquelas que nos fazem esquecer por um momento de nós mesmos e nos introduzem em um mundo especial no qual nos submergirmos com verdadeiro prazer interior.

A Arte com Beleza integra a consciência, quase sempre dispersa no superficial, produzindo uma concentração agradável, espontânea e harmoniosa. Não importa que não conheçamos tecnicamente alguma arte determinada. Simplesmente apreciamos o efeito artístico dessas técnicas.

Por esses infortúnios que distorcem as sociedades humanas, aceitamos como arte qualquer expressão no qual prevalecem a desagregação, o agrupamento desordenado das partes, sem relação entre si. Assim, perdemos o maravilhoso valor da unidade da verdadeira obra de arte.

Toda arte tem suas técnicas e seus regulamentos: todos os artistas devem conhecê-las, mas, tendo as dominado, entram no mundo da inspiração, onde as regras não estão tão à vista, senão o seu efeito profundo que é propriamente a Beleza

Repetimos as palavras de Sri Ram: Dizem que todas as artes aspiram à música, há nelas uma tentativa de aproximar-se da música, que é a mais subjetiva de todas as artes, por que é etérea, sutil e semelhante aos movimentos da consciência. Há nela e, por consequência, nas Artes, uma harmonia em movimento, como uma linha melódica que inclui as combinações rítmicas e harmônicas.

Por isso é nosso dever colocar às crianças em contato com a Beleza o mais cedo possível para que, à medida que desperte sua consciência e se estabilize, possam vê-la onde quer que estejam. E se não o fizemos até agora, sempre é um bom momento para voltar a sentir-se crianças tão puras e simples para descobrir mundos maravilhosos de mão com a imaginação."

Artigo: O sentido da Beleza de Délia Steinberg Guzman, presidente honorária de Nova Acrópole
Programação de hoje da semana da arte.
🎭_*"William Shakespeare, o Teatro e a Vida"*_ - Com a professora Kelly Aguiar
William Shakespeare (1564-1616) revolucionou o teatro e a arte com uma linguagem capaz de expressar o que pensamos e sentimos em todas as suas nuances. Nesta palestra on-line, a Profa. Kelly Aguiar faz um resgate do teatro pedagógico através da obra de Shakespeare e revela alguns mitos por trás do clássico como Romeu e Julieta.
_*Assista aqui:*_ bit.ly/TeatroShakespeare
Live de hoje. Imperdível!
Daqui a pouco começa!!
Fechamos a semana com chave de ouro. Agradecemos a todos que acompanharam o evento.
"A Beleza (...) é um verdadeiro lar para consciência que retorna para o seu próprio centro e se renova."
Prof. Juliana Limeira na palestra sobre o pintor Alma-Tadema durante a semana da arte no nosso canal do youtube.
Assista a palestra: https://t.co/dCTc5zg8Ny https://t.co/FmgbsW5MXL