Vídeos sobre Shakespeare no nosso canal do youtube:
OTELO:https://www.youtube.com/watch?v=ZlZMeZi6Xfc
"William Shakespeare, o Teatro e a Vida" : https://www.youtube.com/live/aMHSYPPnVhA?feature=share
MACBETH: https://www.youtube.com/watch?v=9ajgSag86J8
ROMEU E JULIETA: https://youtu.be/gAN_Zr9zisQ
OTELO:https://www.youtube.com/watch?v=ZlZMeZi6Xfc
"William Shakespeare, o Teatro e a Vida" : https://www.youtube.com/live/aMHSYPPnVhA?feature=share
MACBETH: https://www.youtube.com/watch?v=9ajgSag86J8
ROMEU E JULIETA: https://youtu.be/gAN_Zr9zisQ
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OTELO - Filosofando com Shakespeare - Nova Acrópole
NOVA ACRÓPOLE passa a produzir uma série de palestras sobre as obras de Shakespeare, comentando filosoficamente o que podemos aprender com elas.
Quem tece essas relevantes considerações é a professora e voluntária KELLY AGUIAR, diretora da Unidade de Fortaleza…
Quem tece essas relevantes considerações é a professora e voluntária KELLY AGUIAR, diretora da Unidade de Fortaleza…
ESTOICISMO - SÊNECA: A FILOSOFIA: https://youtu.be/mSu4tV8XWfM
O que é filosofia? https://youtu.be/kgvdupyRhfg
EM QUE A FILOSOFIA CONTRIBUI COM O MEIO AMBIENTE? https://youtu.be/Y-70BCON8HY
FILOSOFIA E ESPIRITUALIDADE NA ANTIGA GRÉCIA: https://youtu.be/rNkLXktYtJU
FILOSOFIA, SAÚDE MENTAL E EQUILÍBRIO EMOCIONAL: https://youtu.be/_jO1Qhog_wM
O que é filosofia? https://youtu.be/kgvdupyRhfg
EM QUE A FILOSOFIA CONTRIBUI COM O MEIO AMBIENTE? https://youtu.be/Y-70BCON8HY
FILOSOFIA E ESPIRITUALIDADE NA ANTIGA GRÉCIA: https://youtu.be/rNkLXktYtJU
FILOSOFIA, SAÚDE MENTAL E EQUILÍBRIO EMOCIONAL: https://youtu.be/_jO1Qhog_wM
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ESTOICISMO - SÊNECA: A FILOSOFIA - Comentário sobre livro AS RELAÇÕES HUMANAS - Lúcia Helena Galvão
A FILOSOFIA é o quarto capítulo do livro AS RELAÇÕES HUMANAS, de Sêneca. Neste vídeo a professora e voluntária de Nova Acrópole LÚCIA HELENA GALVÃO tece comentários sobre o tema tratado sugerindo aplicações práticas de seus ensinamentos na nossa vida cotidiana.…
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📖 Nosso Próximo Destino: Bhagavad Gita
Data de Início: 25 de Agosto de 2023
Encontros: Ao Vivo e Semanal, sempre às sextas-feiras, das 19h às 19h45. (As reuniões ficarão gravadas)
💬 O Que Esperar?
Nossas reuniões são um espaço de reflexões profundas, onde a Prof. Ana Paula Leobas, guiará nossas discussões. A cada encontro, exploraremos diferentes capítulos das obras selecionadas, aprofundando-nos em seus conceitos e ideias.
📚Entre as reuniões, os membros poderão continuar a troca de ideias e sugestões através do fórum do AcrópolePlay. Esse espaço será aberto a todos, incentivando o compartilhamento constante de conhecimentos e reflexões.
🎁 Aula de Introdução e Acesso a Recursos!
Cada livro será acompanhado por uma aula de introdução e forneceremos recursos para aprofundar sua compreensão. Não importa se você é um iniciante ou um entusiasta da filosofia, todos são bem-vindos!
🌐 Como Participar?
Inscreva-se na nossa plataforma de streaming, a AcrópolePlay e esteja presente na marcada.
🔗 Inscreva-se agora e prepare-se para uma experiência filosófica única: https://acropoleplay.com/
Usaremos essa versão da Editora Pensamento. Você pode adquirir o livro no link: https://amzn.to/3fNBKfI
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Filosofia, arte, cultura e autoconhecimento para você assistir quando e onde quiser. Conteúdos exclusivos produzidos pela Nova Acrópole: séries, cursos, podcasts, entrevistas. Conheça nossos planos. Assine agora. Apenas R$ 20,90 mensais. Cursos: Filosofia…
Vivemos em um mundo poluído e nos acostumamos com isso. Principalmente nas grandes cidades, o nível de poluição ambiental aumenta a cada dia, mas, como não podemos abandoná-las, porque nelas estão ancoradas nossas obrigações, simplesmente nos adaptamos a essa situação. Nosso organismo criou anticorpos, e quase naturalmente nos acostumamos ao antinatural.
Porém, o processo é mais complexo: a situação não se reduz ao meio físico, mas se expande aos planos psicológico e mental, contaminando as vivências humanas a pontos inimagináveis.
A sujeira psicológica se manifesta em emoções grosseiras que se introduzem em todos os espaços da vida. A violência, a agressividade, o egoísmo extremo, parecem ser as medidas usuais na maioria das sociedades.
Ao princípio, causam grandes sofrimentos – e continuam causando –, mas, se antes alguém se perguntava até onde seria possível suportar sem explodir, criamos anticorpos para nos defender e seguir adiante como podemos.
Certamente a insegurança, o temor, a vulnerabilidade, nos perseguem, mas os anticorpos geraram uma forma de indiferença que parece indiferença, mas não é. Essa frieza com que aceitamos as maiores crueldades – com a qual tomamos café da manhã todos os dias, graças aos meios de comunicação – é uma forma de resistir, um dizer a si mesmo “ainda não me atingiu, ou vai me atingir mais adiante, ou talvez nunca … “
E o que fazer com a corrupção que se apresenta inesperadamente em qualquer canto, até mesmo naqueles que considerávamos lugares conhecidos e seguros? De novo a indiferença, tirar o corpo fora e continuar andando como se não tivéssemos visto nada, pois intuímos que nosso protesto, além de estéril, seria prejudicial para a nossa segurança. Há aqueles que entram no jogo, justificando-o; outros se afastam para não adoecer.
(...)
Não se trata de criar anticorpos, mas de viver com corpos sadios; não se trata de viver defendendo-se de mil ataques, mas de viver criando mais e melhores possibilidades para o ser humano. À luz da Filosofia, os campos da ecologia são infinitos.
~ Delia Steinberg Guzmán, presidente honorária de Nova Acrópole
Porém, o processo é mais complexo: a situação não se reduz ao meio físico, mas se expande aos planos psicológico e mental, contaminando as vivências humanas a pontos inimagináveis.
A sujeira psicológica se manifesta em emoções grosseiras que se introduzem em todos os espaços da vida. A violência, a agressividade, o egoísmo extremo, parecem ser as medidas usuais na maioria das sociedades.
Ao princípio, causam grandes sofrimentos – e continuam causando –, mas, se antes alguém se perguntava até onde seria possível suportar sem explodir, criamos anticorpos para nos defender e seguir adiante como podemos.
Certamente a insegurança, o temor, a vulnerabilidade, nos perseguem, mas os anticorpos geraram uma forma de indiferença que parece indiferença, mas não é. Essa frieza com que aceitamos as maiores crueldades – com a qual tomamos café da manhã todos os dias, graças aos meios de comunicação – é uma forma de resistir, um dizer a si mesmo “ainda não me atingiu, ou vai me atingir mais adiante, ou talvez nunca … “
E o que fazer com a corrupção que se apresenta inesperadamente em qualquer canto, até mesmo naqueles que considerávamos lugares conhecidos e seguros? De novo a indiferença, tirar o corpo fora e continuar andando como se não tivéssemos visto nada, pois intuímos que nosso protesto, além de estéril, seria prejudicial para a nossa segurança. Há aqueles que entram no jogo, justificando-o; outros se afastam para não adoecer.
(...)
Não se trata de criar anticorpos, mas de viver com corpos sadios; não se trata de viver defendendo-se de mil ataques, mas de viver criando mais e melhores possibilidades para o ser humano. À luz da Filosofia, os campos da ecologia são infinitos.
~ Delia Steinberg Guzmán, presidente honorária de Nova Acrópole
“Quando há um sentido de beleza, tudo o que se faz obedecendo a esse sentido belo será. Da mesma forma, ao haver um sentido de virtude ou de retidão, a medida que se entra em ação, tudo que se faz, pensa ou sente é correto e belo”.
Quando nos referimos ao “sentido” da beleza, não nos referimos a nenhum dos cinco sentidos habituais. Este é um “sentido interno”, para lhe dar um nome, que está mais relacionado com as percepções interiores e com a intuição.
O que é a Beleza? Poderíamos defini-la de uma maneira que pudesse ser válida para todas as pessoas? A ideia arquetípica da Beleza nos leva a diferenciar a beleza exterior da beleza interior.
A beleza exterior se fundamenta sobretudo nas formas que, gostemos ou não, mudam e se destroem. A beleza interior pode ser subjetiva, e de fato é, mas é capaz de encontrar a essência de todas as coisas quando se buscam os elementos permanentes, além das formas. Para isso, temos que utilizar uma forma especial de ver, de ouvir e de perceber em geral.
A Beleza se aprecia instantaneamente quando a consciência está serena e não condicionada às circunstâncias nem às opiniões. É captada como um impacto de proporções harmoniosas, nem sempre consciente, mas que, no entanto, desperta uma parte desconhecida da própria consciência.
Por isso é nosso dever colocar às crianças em contato com a Beleza o mais cedo possível para que, à medida que desperte sua consciência e se estabilize, possam vê-la onde quer que estejam. E se não o fizemos até agora, sempre é um bom momento para voltar a sentir-se crianças tão puras e simples para descobrir mundos maravilhosos de mão com a imaginação."
Trecho do artigo "O sentido da beleza" da profª Delia Steinberg Guzmán, disponível na íntegra no nosso link https://www.acropole.org.br/arte/o-sentido-da-beleza/
#beleza #arte #artigos #filosofia #cultura #mitologia
Quando nos referimos ao “sentido” da beleza, não nos referimos a nenhum dos cinco sentidos habituais. Este é um “sentido interno”, para lhe dar um nome, que está mais relacionado com as percepções interiores e com a intuição.
O que é a Beleza? Poderíamos defini-la de uma maneira que pudesse ser válida para todas as pessoas? A ideia arquetípica da Beleza nos leva a diferenciar a beleza exterior da beleza interior.
A beleza exterior se fundamenta sobretudo nas formas que, gostemos ou não, mudam e se destroem. A beleza interior pode ser subjetiva, e de fato é, mas é capaz de encontrar a essência de todas as coisas quando se buscam os elementos permanentes, além das formas. Para isso, temos que utilizar uma forma especial de ver, de ouvir e de perceber em geral.
A Beleza se aprecia instantaneamente quando a consciência está serena e não condicionada às circunstâncias nem às opiniões. É captada como um impacto de proporções harmoniosas, nem sempre consciente, mas que, no entanto, desperta uma parte desconhecida da própria consciência.
Por isso é nosso dever colocar às crianças em contato com a Beleza o mais cedo possível para que, à medida que desperte sua consciência e se estabilize, possam vê-la onde quer que estejam. E se não o fizemos até agora, sempre é um bom momento para voltar a sentir-se crianças tão puras e simples para descobrir mundos maravilhosos de mão com a imaginação."
Trecho do artigo "O sentido da beleza" da profª Delia Steinberg Guzmán, disponível na íntegra no nosso link https://www.acropole.org.br/arte/o-sentido-da-beleza/
#beleza #arte #artigos #filosofia #cultura #mitologia
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💬 O Que Esperar?
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🎁 Aula de Introdução e Acesso a Recursos!
Cada livro será acompanhado por uma aula de introdução e forneceremos recursos para aprofundar sua compreensão. Não importa se você é um iniciante ou um entusiasta da filosofia, todos são bem-vindos!
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💬 O Que Esperar?
Nossas reuniões são um espaço de reflexões profundas, onde a Prof. @anapaulaleobas, guiará nossas discussões. A cada encontro, exploraremos diferentes capítulos das obras selecionadas, aprofundando-nos em seus conceitos e ideias.
📚Entre as reuniões, os membros poderão continuar a troca de ideias e sugestões através do fórum do AcrópolePlay. Esse espaço será aberto a todos, incentivando o compartilhamento constante de conhecimentos e reflexões.
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Usaremos essa versão da Editora Pensamento. Você pode adquirir o livro no link: https://amzn.to/3fNBKfI
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Filosofia, arte, cultura e autoconhecimento para você assistir quando e onde quiser. Conteúdos exclusivos produzidos pela Nova Acrópole: séries, cursos, podcasts, entrevistas. Conheça nossos planos. Assine agora. Apenas R$ 20,90 mensais. Cursos: Filosofia…
"Certa noite, como a maioria das noites, eu estava deitado na cama lendo. Era um livro de palestras do professor Jorge A. Livraga.
Leitura, reflexão, paz no coração... Tudo perfeito.
De repente, ele apareceu, um minúsculo inseto. Perturbador, insensível à minha presença e incapaz de ficar parado.
Tentei afastá-lo do meu livro, mas sem sucesso; voltou de novo e de novo. Quis tirá-lo da minha mente, mas também não consegui.
O hóspede furtivo se exibia na página que eu lia e cada vez que eu virava a página, com um leve salto, o inseto voltava a entrar em cena. Ufff, era insuportável.
Tanto era o aborrecimento que resolvi dar o máximo de atenção a ele.
Aquele pequeno ser veio até mim atraído pela luz do abajur. Óbvio! Para ele, era o lugar certo para ir, o único lugar. E pensei em todos os seres que se dirigem para a luz, em todos os que percorrem o longo caminho da Vida.
Nesse momento, o inseto passou a ser o representante daqueles que se sentem atraídos pelo belo e verdadeiro, pelo bom e justo. Por um instante, a onipresente lei da evolução revelou-se em sua expressão mais genuína.
Então, de comum acordo, o inseto e eu compartilhamos a sabedoria do professor Livraga. O tempo passou, não sei dizer exatamente quanto, e assim que chegou, o inseto sumiu.
Procurei-o entre as páginas do livro, com medo genuíno de que tivesse sofrido um acidente involuntário. Eu não encontrei isso.
Procurei por ele entre os lençóis. Não estava. Eu não o vi mais. E eu senti algumas dores. Para aqueles que um dia deixam a presença da luz e mergulham em áreas escuras e desconhecidas. Para aqueles que marcharam ao nosso lado e um dia, de repente, param de fazê-lo.
Aquele inseto minúsculo, gigante de referência em sua pequenez, posso garantir que estará comigo por muito tempo. Na verdade, já se passaram vários meses desde que nos conhecemos e não consegui esquecê-lo.
Ajuda-me muito lembrar que os seres vivos estão sempre caminhando em direção à luz, e que neste caminho de realização nunca estaremos sozinhos."
Trecho do artigo "Meu amigo, o inseto" do professor José Carlos Adelantado, presidente internacional de Nova Acrópole
Leitura, reflexão, paz no coração... Tudo perfeito.
De repente, ele apareceu, um minúsculo inseto. Perturbador, insensível à minha presença e incapaz de ficar parado.
Tentei afastá-lo do meu livro, mas sem sucesso; voltou de novo e de novo. Quis tirá-lo da minha mente, mas também não consegui.
O hóspede furtivo se exibia na página que eu lia e cada vez que eu virava a página, com um leve salto, o inseto voltava a entrar em cena. Ufff, era insuportável.
Tanto era o aborrecimento que resolvi dar o máximo de atenção a ele.
Aquele pequeno ser veio até mim atraído pela luz do abajur. Óbvio! Para ele, era o lugar certo para ir, o único lugar. E pensei em todos os seres que se dirigem para a luz, em todos os que percorrem o longo caminho da Vida.
Nesse momento, o inseto passou a ser o representante daqueles que se sentem atraídos pelo belo e verdadeiro, pelo bom e justo. Por um instante, a onipresente lei da evolução revelou-se em sua expressão mais genuína.
Então, de comum acordo, o inseto e eu compartilhamos a sabedoria do professor Livraga. O tempo passou, não sei dizer exatamente quanto, e assim que chegou, o inseto sumiu.
Procurei-o entre as páginas do livro, com medo genuíno de que tivesse sofrido um acidente involuntário. Eu não encontrei isso.
Procurei por ele entre os lençóis. Não estava. Eu não o vi mais. E eu senti algumas dores. Para aqueles que um dia deixam a presença da luz e mergulham em áreas escuras e desconhecidas. Para aqueles que marcharam ao nosso lado e um dia, de repente, param de fazê-lo.
Aquele inseto minúsculo, gigante de referência em sua pequenez, posso garantir que estará comigo por muito tempo. Na verdade, já se passaram vários meses desde que nos conhecemos e não consegui esquecê-lo.
Ajuda-me muito lembrar que os seres vivos estão sempre caminhando em direção à luz, e que neste caminho de realização nunca estaremos sozinhos."
Trecho do artigo "Meu amigo, o inseto" do professor José Carlos Adelantado, presidente internacional de Nova Acrópole