"[...] Segundo a filosofia oriental, o Ser que está por trás de todo o Universo é tão misterioso, que a única coisa que podemos afirmar sobre ele é que se manifesta e se recolhe, ciclicamente, como as sístoles e diástoles de um Coração; que bela relação simbólica! De repente, comecei a querer visualizar uma imagem deste Coração... e, depois dele, tentei ver o coração do sistema solar, o do planeta, o meu coração/essência espiritual e, por fim, este coração pulsante que marca sua rítmica presença no meu corpo físico.
[...] Lembrei das curiosas discussões entre o coração e a mente, dentro de mim, quando esta última repassava o dia, na memória, e dizia: “Nada de errado aconteceu!” E o coração, impassível ante esta argumentação, doía e incomodava, assustando o sono. Enquanto não calava a mente e mergulhava nele, perguntando o que ele tinha a me mostrar, não conseguia pacificá-lo... e aí, ele me conduzia exatamente à cena, ao momento do meu dia onde o tinha ferido, onde tinha atropelado os protocolos da vida.
Parecia, para mim, como se ele fosse um portal, um mistério, uma passagem talvez, como um longo corredor... rumo a outros corações maiores, dos quais ele seria parte.
Honestamente, creio, como acreditavam os egípcios, que “O coração do homem é o maior mistério do Universo”. E talvez o umbral da condição humana esteja exatamente na capacidade de ouvi-lo, percebê-lo e “dialogar” com ele.
Recordo de Homero e de sua Odisseia, quando o teimoso Ulisses, em busca de sua alma-Ítaca, só a encontra após perder seus barcos, seus homens, suas roupas, e emergir no oceano totalmente despido, exceto por um véu, doado pela Deusa Ino, que cobria apenas... seu coração. A qual Odisseia de retorno à sua casa espiritual se referia o antigo poeta? À de Ulisses? Ou à da humanidade? Enfim, são mistérios, que talvez só interessem aos filósofos; interessam a você?"
Trecho do artigo de mesmo nome da Prof. Lúcia Helena Galvão
📸 Nebulosa do coração.
[...] Lembrei das curiosas discussões entre o coração e a mente, dentro de mim, quando esta última repassava o dia, na memória, e dizia: “Nada de errado aconteceu!” E o coração, impassível ante esta argumentação, doía e incomodava, assustando o sono. Enquanto não calava a mente e mergulhava nele, perguntando o que ele tinha a me mostrar, não conseguia pacificá-lo... e aí, ele me conduzia exatamente à cena, ao momento do meu dia onde o tinha ferido, onde tinha atropelado os protocolos da vida.
Parecia, para mim, como se ele fosse um portal, um mistério, uma passagem talvez, como um longo corredor... rumo a outros corações maiores, dos quais ele seria parte.
Honestamente, creio, como acreditavam os egípcios, que “O coração do homem é o maior mistério do Universo”. E talvez o umbral da condição humana esteja exatamente na capacidade de ouvi-lo, percebê-lo e “dialogar” com ele.
Recordo de Homero e de sua Odisseia, quando o teimoso Ulisses, em busca de sua alma-Ítaca, só a encontra após perder seus barcos, seus homens, suas roupas, e emergir no oceano totalmente despido, exceto por um véu, doado pela Deusa Ino, que cobria apenas... seu coração. A qual Odisseia de retorno à sua casa espiritual se referia o antigo poeta? À de Ulisses? Ou à da humanidade? Enfim, são mistérios, que talvez só interessem aos filósofos; interessam a você?"
Trecho do artigo de mesmo nome da Prof. Lúcia Helena Galvão
📸 Nebulosa do coração.
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“Um velho ensinamento diz que todos os homens, cedo ou tarde, se encontram com o amam e com o que temem.
Esse ensinamento nos confronta com a evidência do poder contido em nosso mundo psíquico: a força das emoções, o que desejamos, o que tememos, é capaz de mover os fios ocultos da vontade, pode coordenar as ideias e levar à concretização dos fatos.
E também nos coloca diante de outra evidência: todos seguimos pela vida cheios de anseios, ilusões, aspirações, e todos carregamos de maneira mais ou menos oculta uma certa quantidade de medos.
Hoje em dia é comum “não ter medo de nada” ou afirmar que não há nada a temer... mas é o medo que nos faz mencionar abertamente nossas pretensões agradáveis e evitar qualquer menção aos medos.
O próprio é o justo meio, a coragem interior que sabe reconhecer as coisas como são e dar-lhes o valor correto. O corajoso sabe o que deve temer e evitar, e o que deve desejar e promover.
Em conclusão, todos queremos algo, todos tememos algo, e é por isso que chegamos a objetivar umas e outras coisas.
É desejável que o medo se transforme em um temor saudável pelas coisas que devemos evitar, e é desejável que queiramos evitar os perigos que, inteligentemente, somos capazes de detectar e prevenir.
É desejável que o amor se dirija a metas cada vez mais positivas, para erradicar o acúmulo de desastres que já nos afligem e para que esse amor acabe por ocupar todo o espaço vital dos temores.
Quanto mais soubermos amar, menos teremos a temer.”
Trecho do artigo da profª Delia Steinberg Guzmán
Esse ensinamento nos confronta com a evidência do poder contido em nosso mundo psíquico: a força das emoções, o que desejamos, o que tememos, é capaz de mover os fios ocultos da vontade, pode coordenar as ideias e levar à concretização dos fatos.
E também nos coloca diante de outra evidência: todos seguimos pela vida cheios de anseios, ilusões, aspirações, e todos carregamos de maneira mais ou menos oculta uma certa quantidade de medos.
Hoje em dia é comum “não ter medo de nada” ou afirmar que não há nada a temer... mas é o medo que nos faz mencionar abertamente nossas pretensões agradáveis e evitar qualquer menção aos medos.
O próprio é o justo meio, a coragem interior que sabe reconhecer as coisas como são e dar-lhes o valor correto. O corajoso sabe o que deve temer e evitar, e o que deve desejar e promover.
Em conclusão, todos queremos algo, todos tememos algo, e é por isso que chegamos a objetivar umas e outras coisas.
É desejável que o medo se transforme em um temor saudável pelas coisas que devemos evitar, e é desejável que queiramos evitar os perigos que, inteligentemente, somos capazes de detectar e prevenir.
É desejável que o amor se dirija a metas cada vez mais positivas, para erradicar o acúmulo de desastres que já nos afligem e para que esse amor acabe por ocupar todo o espaço vital dos temores.
Quanto mais soubermos amar, menos teremos a temer.”
Trecho do artigo da profª Delia Steinberg Guzmán
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Já assistiu a série de ensinamentos do livro O Profeta de Khalil Gibran?
#01 o amor https://youtu.be/QWiNKqHn7DA
#02: O casamento https://youtu.be/6F_wJ95-maw
#03 Os filhos https://youtu.be/p_1-Qzxcu5Y
#04 A generosidade https://youtu.be/cf8gDtjMMEc
#05 Comer e beber https://youtu.be/G7U9ZnIs3AA
#06 Trabalho https://youtu.be/8G8pIIqUKw8
#07 Alegria e Tristeza https://youtu.be/wTvadWGh8Tc
#08 As Habitações https://youtu.be/qbJUFRROp9Q
#09 As Vestes https://youtu.be/El2iIv5xmtU
#10 A educação e o comércio https://youtu.be/7yMXE_1ZbVE
# 11 Crime e Castigo https://youtu.be/EyJNJTI3INc
#12: As leis https://youtu.be/3XwSsNfVMWA
#13 Liberdade https://youtu.be/Y-EokChUXO8
#14: Razão e Paixão https://youtu.be/F5WJy_hGnfM
#15 A Dor https://youtu.be/Lc-d64uz6e4
# 16 O Autoconhecimento https://youtu.be/GdwnmdAjqMY
#17 Amizade https://youtu.be/VwVkEC2lYJE
#18 A conversação https://youtu.be/9VEIwYU9eP4
#19: O tempo https://youtu.be/si1UY48X0v4
#20: O Bem e o Mal https://youtu.be/eJ8ybMWNYvs
#21 A prece: https://youtu.be/5JT2rwDCoNk
#22: O prazer: https://youtu.be/2hUpEAbipNc
# 23 A Beleza https://youtu.be/6niePYlYtNg
#24: A religião https://youtu.be/hx-Hm77AVwA
#25 A Morte https://youtu.be/Zg6JLS7EW1M
#01 o amor https://youtu.be/QWiNKqHn7DA
#02: O casamento https://youtu.be/6F_wJ95-maw
#03 Os filhos https://youtu.be/p_1-Qzxcu5Y
#04 A generosidade https://youtu.be/cf8gDtjMMEc
#05 Comer e beber https://youtu.be/G7U9ZnIs3AA
#06 Trabalho https://youtu.be/8G8pIIqUKw8
#07 Alegria e Tristeza https://youtu.be/wTvadWGh8Tc
#08 As Habitações https://youtu.be/qbJUFRROp9Q
#09 As Vestes https://youtu.be/El2iIv5xmtU
#10 A educação e o comércio https://youtu.be/7yMXE_1ZbVE
# 11 Crime e Castigo https://youtu.be/EyJNJTI3INc
#12: As leis https://youtu.be/3XwSsNfVMWA
#13 Liberdade https://youtu.be/Y-EokChUXO8
#14: Razão e Paixão https://youtu.be/F5WJy_hGnfM
#15 A Dor https://youtu.be/Lc-d64uz6e4
# 16 O Autoconhecimento https://youtu.be/GdwnmdAjqMY
#17 Amizade https://youtu.be/VwVkEC2lYJE
#18 A conversação https://youtu.be/9VEIwYU9eP4
#19: O tempo https://youtu.be/si1UY48X0v4
#20: O Bem e o Mal https://youtu.be/eJ8ybMWNYvs
#21 A prece: https://youtu.be/5JT2rwDCoNk
#22: O prazer: https://youtu.be/2hUpEAbipNc
# 23 A Beleza https://youtu.be/6niePYlYtNg
#24: A religião https://youtu.be/hx-Hm77AVwA
#25 A Morte https://youtu.be/Zg6JLS7EW1M
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01- AMOR Segundo Gibran - Série "O Profeta" - Lúcia Helena Galvão
Música: Chopin - Nocturno Nº 12 En Sol M
A poesia não explica, ela insinua, sugere!
"O Profeta" de Khalil Gibran, reúne poesias muito belas e cheias de sabedoria sobre todos os temas importantes da vida. A ideia desta série é refletir um pouco sobre os conceitos…
A poesia não explica, ela insinua, sugere!
"O Profeta" de Khalil Gibran, reúne poesias muito belas e cheias de sabedoria sobre todos os temas importantes da vida. A ideia desta série é refletir um pouco sobre os conceitos…
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Liderança é uma qualidade que em geral é muito mal entendida e mal exercida. Por isso grandes pensadores escreveram sobre o tema, ressaltando o significado profundo, os princípios e o objetivo maior de um BOM LÍDER.
A professora e voluntária de Nova Acrópole em Águas Claras DF, Karla Costa Lacombe comenta nesta série lições de liderança segundo grandes filósofos.
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SOBRE A ACROPOLEPLAY: Dezenas de séries, leituras comentadas, podcasts e outros exclusivos com nossos professores.
Todo o lucro obtido com a Acrópole Play é destinado aos projetos sociais e culturais desenvolvidos pela Nova Acrópole no Brasil, como o Criança para o Bem e o Instituto Paraense de Educação e Arte – IPEA.
🙆♀️🙋♂️Os Programas atendem mais de 400 estudantes de segunda a sábado, no contra turno escolar e tem como filosofia o desenvolvimento de virtudes com o propósito de contribuir com a formação humana, solidária e cidadã das crianças e jovens.
A virtude é o fio condutor que permeia as práticas das diversas oficinas como o balé, a música, a poesia, o esporte, o acompanhamento escolar, o artesanato, o desenho, entre outras.
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Já assistiram a nossa última palestra do canal sobre o caminho para a superação da dor segundo, Buda?
https://youtu.be/77w8iy4_bq0
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BUDA e o Nobre Óctuplo Caminho - Ensinamentos budistas - Prof. Ana Paula Leobas de Nova Acrópole
Curso de filosofia PRESENCIAL: https://acropole.org.br/lp/curso-de-filosofia/
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Siddârtha Gautama, mais conhecido como Buda, foi o príncipe…
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Siddârtha Gautama, mais conhecido como Buda, foi o príncipe…
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Para renovar-se esse início de ano, indicamos a palestra da Professora Lúcia Helena Galvão, disponível no nosso canal do YouTube. Aproveite!
https://youtu.be/I_MPUXavo48
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RENOVAÇÃO: o segredo da Vida! 16 dicas para o ANO NOVO! Lúcia Helena Galvão
ANO NOVO, Hora de Renascer!! Sabemos Renovar? Como renascer a cada ciclo? NOVA ACRÓPOLE apresenta 16 DICAS FILOSÓFICAS PARA O ANO NOVO, através de palestra da professora e voluntária LÚCIA HELENA GALVÃO, ministrada em Brasíoia, 2016.
10:24 - 01: APRENDER…
10:24 - 01: APRENDER…
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Boa semana de reflexão e desenvolvimento de valores humanos a todos 🏛️💡
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Assista a entrevista da professora Lúcia Helena no Lutz podcast
https://www.youtube.com/live/i5T_XG-3f_I?si=YsAanml9Wp2VXsOV
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YouTube
Prof. Lúcia Helena Galvão: A Natureza do Universo e do Ser Humano | Lutz Podcast #213
INSIDER:
https://www.insiderstore.com.br/LutzPodcast e use o cupom LUTZ12 para 12% de desconto em todo site
Lúcia Helena Galvão é Filósofa, professora, escritora, poetisa, palestrante e apresenta o canal @NovaAcropole. @profluciahelenagalvao
Como fiz mais…
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Lúcia Helena Galvão é Filósofa, professora, escritora, poetisa, palestrante e apresenta o canal @NovaAcropole. @profluciahelenagalvao
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Kalevala, a grande epopeia mítica da Finlândia, narra a trajetória humana através da jornada de seus heróis em busca da superação de seus limites. Como todo mito, a história se desenrola em uma rica linguagem simbólica.
Nesta nova palestra, a profa. Ana Cristina Machado, nos apresenta, de forma sintética e acessível, algumas interpretações valiosas do mito para nossa vida cotidiana.
😁 *Kalevala, lições para a vida da epopeia mítica da Finlândia*
🎥 Palestra Gratuita no Youtube
🗓️ *Já disponível no canal*
🗣️ Com a professora Ana Cristina Machado
https://www.youtube.com/watch?v=8_GlGeHhraM
Nesta nova palestra, a profa. Ana Cristina Machado, nos apresenta, de forma sintética e acessível, algumas interpretações valiosas do mito para nossa vida cotidiana.
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🗣️ Com a professora Ana Cristina Machado
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KALEVALA - Lições para a vida da Epopeia mítica da FINLÂNDIA - Ana Cristina Machado da Nova Acrópole
Conheça nosso curso de filosofia PRESENCIAL: https://bit.ly/3u05WkP
Assine a AcrópolePlay (conteúdo ONLINE): https://acropoleplay.com/
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O KALEVALA é grande epopeia mitica da Finlândia, que ensina a trajetória…
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Filósofos e sofistas
Se a evidência foi, em muitas épocas da evolução humana, um elemento de conhecimento e constatação das coisas, é evidente que a História se repete. Com aparências ligeiramente modificadas, com circunstâncias pouco variadas, são as mesmas forças, as mesmas ideias que se apresentam em um jogo de opostos que talvez contribua para o equilíbrio definitivo da evolução.
Há muito tempo, cerca de 2.500 anos atrás, viveu-se na Hélade um confronto público, político e moral entre sofistas e filósofos. Pode ter parecido um evento exclusivo dessa civilização. No entanto, sempre existiram, existem e parece que continuarão a existir sofistas e filósofos.
Quem eram esses sofistas da época?
Eram personagens de variados conhecimentos, com excelente oratória e uma extraordinária capacidade de demonstrar uma coisa e também o contrário dessa mesma coisa. Sua função era formar os jovens atenienses para as confrontações da nascente democracia; era preciso desenvolver habilidades que se ajustassem às necessidades políticas do momento. Pouco importava a verdade ou o encontro com o divino; o determinante era a felicidade humana no presente e a variedade de opiniões diante de uma Verdade que parecia distante e inacessível.
Em resposta a esse florescimento sofístico, aparece Sócrates em cena. Ele é filósofo amante da verdade, que prefere perder a aprovação do público para estar em paz com sua própria consciência. Precisamente sua missão – segundo suas próprias palavras – não era enriquecer os cidadãos ou dotá-los de um conjunto mais ou menos extenso de conhecimentos; ele queria despertar as consciências para melhorar os homens. Ele sempre preferiu o papel de mestre ao de político.
Se os sofistas cobravam por seus ensinamentos e, consequentemente, escolhiam seus discípulos por seu poder social e econômico, Sócrates se negava a colocar um preço em suas aulas e escolhia seus discípulos pela disposição moral e intelectual que lhes permitiria desenvolver com mais potência suas virtudes adormecidas.
Como terminou esse confronto? O resultado é bem conhecido. Mais uma vez, a opinião prevaleceu sobre a sabedoria, a falácia sobre a verdade, os interesses criados sobre a justiça. Sócrates bebeu a cicuta, pois sua morte não podia contradizer os princípios que havia pregado com o exemplo ao longo de toda sua vida.
Hoje os nomes são diferentes. Os sofistas são muitos e os encontramos a cada passo, revestidos das mais diversas denominações. Mas suas ações e finalidades são as mesmas de então.
Por outro lado, e também como naquela época, são muito poucos os filósofos amantes da sabedoria e coerentes com suas próprias ideias. Esses poucos, caso existam, são ferozmente combatidos e acusados das mesmas calúnias que há séculos acabaram com a vida de Sócrates: corrupção da juventude e negação dos verdadeiros deuses.
Alguns historiadores chegam a dizer que Sócrates nunca existiu e que foi simplesmente uma invenção necessária de Atenas para oferecer um modelo moral diante da degradação dos costumes. Não acreditamos que tenha sido assim; mas, em todo caso, se estivéssemos lá, é provável que tivéssemos “criado” a figura desse Sócrates arquetípico. O que for necessário, inventá-lo ou plasmá-lo, seja na presença de um só gênio da estatura de Sócrates, seja na soma produtiva de todos aqueles que amam o verdadeiro conhecimento e anseiam vivê-lo mais além de críticas e limitações.
A história se repete, e a escolha também: filósofos e sofistas?
Delia Steinberg Guzman, presidente honorária de Nova Acrópole
Se a evidência foi, em muitas épocas da evolução humana, um elemento de conhecimento e constatação das coisas, é evidente que a História se repete. Com aparências ligeiramente modificadas, com circunstâncias pouco variadas, são as mesmas forças, as mesmas ideias que se apresentam em um jogo de opostos que talvez contribua para o equilíbrio definitivo da evolução.
Há muito tempo, cerca de 2.500 anos atrás, viveu-se na Hélade um confronto público, político e moral entre sofistas e filósofos. Pode ter parecido um evento exclusivo dessa civilização. No entanto, sempre existiram, existem e parece que continuarão a existir sofistas e filósofos.
Quem eram esses sofistas da época?
Eram personagens de variados conhecimentos, com excelente oratória e uma extraordinária capacidade de demonstrar uma coisa e também o contrário dessa mesma coisa. Sua função era formar os jovens atenienses para as confrontações da nascente democracia; era preciso desenvolver habilidades que se ajustassem às necessidades políticas do momento. Pouco importava a verdade ou o encontro com o divino; o determinante era a felicidade humana no presente e a variedade de opiniões diante de uma Verdade que parecia distante e inacessível.
Em resposta a esse florescimento sofístico, aparece Sócrates em cena. Ele é filósofo amante da verdade, que prefere perder a aprovação do público para estar em paz com sua própria consciência. Precisamente sua missão – segundo suas próprias palavras – não era enriquecer os cidadãos ou dotá-los de um conjunto mais ou menos extenso de conhecimentos; ele queria despertar as consciências para melhorar os homens. Ele sempre preferiu o papel de mestre ao de político.
Se os sofistas cobravam por seus ensinamentos e, consequentemente, escolhiam seus discípulos por seu poder social e econômico, Sócrates se negava a colocar um preço em suas aulas e escolhia seus discípulos pela disposição moral e intelectual que lhes permitiria desenvolver com mais potência suas virtudes adormecidas.
Como terminou esse confronto? O resultado é bem conhecido. Mais uma vez, a opinião prevaleceu sobre a sabedoria, a falácia sobre a verdade, os interesses criados sobre a justiça. Sócrates bebeu a cicuta, pois sua morte não podia contradizer os princípios que havia pregado com o exemplo ao longo de toda sua vida.
Hoje os nomes são diferentes. Os sofistas são muitos e os encontramos a cada passo, revestidos das mais diversas denominações. Mas suas ações e finalidades são as mesmas de então.
Por outro lado, e também como naquela época, são muito poucos os filósofos amantes da sabedoria e coerentes com suas próprias ideias. Esses poucos, caso existam, são ferozmente combatidos e acusados das mesmas calúnias que há séculos acabaram com a vida de Sócrates: corrupção da juventude e negação dos verdadeiros deuses.
Alguns historiadores chegam a dizer que Sócrates nunca existiu e que foi simplesmente uma invenção necessária de Atenas para oferecer um modelo moral diante da degradação dos costumes. Não acreditamos que tenha sido assim; mas, em todo caso, se estivéssemos lá, é provável que tivéssemos “criado” a figura desse Sócrates arquetípico. O que for necessário, inventá-lo ou plasmá-lo, seja na presença de um só gênio da estatura de Sócrates, seja na soma produtiva de todos aqueles que amam o verdadeiro conhecimento e anseiam vivê-lo mais além de críticas e limitações.
A história se repete, e a escolha também: filósofos e sofistas?
Delia Steinberg Guzman, presidente honorária de Nova Acrópole
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Seja um ser humano melhor! Desenvolva virtude
Palestras gratuitas sobre o tema:
✨Resiliência: https://youtu.be/iDPZJ1_nxbA
✨Fraternidade: https://youtu.be/e7d7EKRxR50
✨Amor: https://youtu.be/QWiNKqHn7DA
https://youtu.be/MbofNoF_Pgg
https://youtu.be/MbofNoF_Pgg
https://youtu.be/ER4fGcZLRdY
✨Generosidade: https://youtu.be/cf8gDtjMMEc
✨ Beleza: https://youtu.be/nRhDpAObf7k
https://youtu.be/6niePYlYtNg
https://youtu.be/cj3CwKoUTtU
✨A Beleza das virtudes: https://youtu.be/2_ArC4fGchY
✨ Gentileza : https://youtu.be/iDPZJ1_nxbA
✨Vida moral segundo Sócrates: https://youtu.be/D20QU9mYh7I
✨Vontade: https://youtu.be/zF4TQyjAOm0
🏛Na nossa plataforma de cursos e séries online temos um curso de 24h com a Prof. Lúcia Helena sobre diversas virtudes. Assine e assista: www.acropoleplay.com
Palestras gratuitas sobre o tema:
✨Resiliência: https://youtu.be/iDPZJ1_nxbA
✨Fraternidade: https://youtu.be/e7d7EKRxR50
✨Amor: https://youtu.be/QWiNKqHn7DA
https://youtu.be/MbofNoF_Pgg
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https://youtu.be/ER4fGcZLRdY
✨Generosidade: https://youtu.be/cf8gDtjMMEc
✨ Beleza: https://youtu.be/nRhDpAObf7k
https://youtu.be/6niePYlYtNg
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✨A Beleza das virtudes: https://youtu.be/2_ArC4fGchY
✨ Gentileza : https://youtu.be/iDPZJ1_nxbA
✨Vida moral segundo Sócrates: https://youtu.be/D20QU9mYh7I
✨Vontade: https://youtu.be/zF4TQyjAOm0
🏛Na nossa plataforma de cursos e séries online temos um curso de 24h com a Prof. Lúcia Helena sobre diversas virtudes. Assine e assista: www.acropoleplay.com
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