Voz da Nova Resistência
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Forwarded from Raphael Machado
O Brasil ainda tem futuro?

No sábado (19/07), às 15h, em São Paulo, será realizada uma palestra de Raphael Machado, Rubem Gonzalez, Alexandre Hage e Thales Rufini sobre as perspectivas futuras para o nosso país.

Rua Martins Fontes, 95, Jordanópolis, São Bernardo do Campo, São Paulo.

Convidamos todos a virem participar do evento.
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Forwarded from Raphael Machado
Existe uma dimensão simbólica importante no drama de Bolsonaro.

O chefe político-partidário desempenha no mundo contemporânea um papel análogo ao outrora reservado a heróis e cavaleiros, e quanto mais permeado do "espírito do tempo" é a atuação de um chefe político, mais ela assume contornos míticos. O chefe acaba se tornando a ferramenta de forças impessoais que o superam (diferentemente de certas figuras que "dobram" o tempo, como Napoleão).

Nesse caso, é interessante como Bolsonaro acabou sendo apelidado de "mito".

Na "jornada do herói" uma estação incontornável da saga heroica é a "descida ao inferno", a catábase. Literal em Orfeu e Hércules ou em personagens da literatura como Gandalf - ela aparece sob outras formas em outras ocasiões. Em "Apocalipse Now", todo o cenário da Guerra do Vietnã corresponde a uma gradual descida ao inferno. O treinamento de Luke Skywalker nos pântanos de Dagobah corresponde à mesma ideia. Mas a "descida ao inferno" pode na verdade corresponder a um estado interior de sofrimento, desilusão, catatonia, depressão, descrença.

Nessa fase que corresponde à fase alquímica do nigredo, o herói morre e é testado pela morte, para então, se vitorioso, renascer triunfante. Ele enfrenta seus demônios interiores e se purifica de seus aspectos inferiores. O herói então avança rumo ao confronto com seus grandes desafios.

Na aventura do "herói político", a "morte" corresponde usualmente à prisão ou a uma amarga derrota eleitoral ou política. A prisão, particularmente, guarda um simbolismo interessante. Independentemente de onde esteja realmente situada, a prisão é sempre masmorra e, portanto, correspondente ao submundo. O herói preso desce à solidão escura de uma masmorra, onde ele ficará nu perante si mesmo, para remoer seu fracasso, seus erros e o poder incomensurável de seus inimigos, que o prenderam.

A prisão de um político, pela mesma lógica da "jornada do herói", então, forja o líder em um novo vigor ou o quebra derradeiramente.

A prisão pode ser uma oportunidade para o líder político consolidar sua ideologia, fortalecer sua mente, purificar sua vontade, acumular ódio e convicção, e inclusive estender sua influência. Mesmo preso, através de determinados artifícios e intermediários, sua voz e vontade podem ir longe.

Personagens tão diferentes quanto Hitler e Mandela foram do nadir do encarceramento à apoteose estatal. Ou mesmo, na nossa realidade brasileira, a figura de Lula. Acusado, condenado, preso, solto, vitorioso.

Mas onde entra Bolsonaro nessa história?

Se Lula aceitou a "morte" e encarou de frente, mesmo enquanto lutava politicamente e juridicamente contra a própria prisão, com Bolsonaro estamos diante de alguém que parece estar apavorado diante da perspectiva de ir preso.

Em face da masmorra, da escuridão, da morte, Bolsonaro treme e gagueja, indisposto a passar pelas "Minas de Moria" e de se por à prova. Por isso, se debate desesperadamente e histericamente, recorrendo a todos os artifícios, inclusive à desonra de trair o próprio povo para ser salvo por outrem.

Bolsonaro não quer enfrentar o "dragão do submundo", com o qual ele inevitavelmente se depararia no momento em que se visse isolado, derrotado, trancado, privado de tudo, inclusive da liberdade.

Às vezes o herói, no nigredo, fracassa, se calcifica, vira vilão, como na contra-iniciação kelipótica, ou como no caso do Anakin Skywalker.

Sozinho, agrilhoado, Bolsonaro teria que olhar para dentro de si, e lá ele encontraria apenas a cabeça do dragão, fitando-o.

Efetivamente, ser herói não é para todos.
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Forwarded from ♃ | Augusto Fleck ()
Forwarded from ♃ | Augusto Fleck ()
♃ | Augusto Fleck
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Um dos pontos focais da discussão sobre a Agenda Woke na mídia, especialmente norte-americana, é a conversão de personagens em mídias adaptadas ou consagradas para alocar uma certa cota representativa de minorias.

É algo visto com frequência em produções atuais da Disney, em que personagens e até mesmo as próprias estórias originais são reimaginados para apetecer uma certa tendência ideológica.

Curiosamente, quando este tipo de coisa é atacada por aqueles que preferem que mídias já estabelecidas tenham suas narrativas e personagens preservados, as acusações de racismo, misoginia, transfobia e afins se acumulam sob o simplíssimo argumento de que essas coisas não interferem na “performance”.

Não importa, por exemplo, se alguém não “parece” com um personagem, afinal, é apenas ficção.

Também juram, de pés juntos, que não há nenhum tipo de ideologia ou agenda envolvidas nisso, que essa representação é algo cada vez mais orgânico e natural. Quem pensa o contrário é racista, misógino, transfóbico, conspiracionista, enfim, vocês conhecem o método.

A graça disso aparece em situações como as da atual escalação de elenco para a adaptação cinematográfica do universo de Legend of Zelda. Durante os últimos meses, a patota Woke tem defendido que a queridinha trans do momento, Hunter Schafer, nasceu (ironicamente) para esse papel. Por que, você se pergunta? Ora, porque ela, em sua versão pós-transição, é a “cara” da Princesa Zelda em uma de suas caracterizações mais atuais. O mundo capota!

Os japoneses não entraram na onda e escalaram outra menina, uma mulher de fato, e a rasgação de cabelos já começou. O argumento é que como o jogo se passa num mundo de fantasia cheio de simbolismos “estranhos” e transformações, seria até mesmo um contexto adequado para colocar uma atriz trans, tentando inverter a própria narrativa.

Ora, não era pra trans serem tratados como “essencialmente” aquilo que — paradoxalmente — decidem ser?

A cada passo, a cada nova reivindicação, a quimera argumentativa só fica pior.

O lado bom disso? Todo argumento que falha em seus argumentos fundamentais está fadado a cair como uma casa de cartas conforme acumula tensões. Quanto mais se tenta defender a narrativa woke, pior ela fica. Até mesmo o núcleo da sopa de letrinhas identitária já começa a mostrar fissões. LGBs já não gostam mais de TQIs, LG começa a acha que B nem existe, e por aí vai.

Há muito avisamos que o vero núcleo do pensamento Woke, ou “Identitarismo”, falha porque identidade não é um instrumento, uma carteirinha de clube que você escolhe e sai mostrando por aí. É algo muito mais profundo, complexo e comunitário.

As cortinas, ainda bem, estão caindo.
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Forwarded from HispanTV Brasil 🔻
📸🚨Graves danos na Síria após agressão israelense, em imagens.

🔹Imagens do ataque israelense em 16 de julho de 2025, em Damasco e Suwayda, no qual o regime causou grandes danos e deixou vários mortos e feridos na Síria.

Clique aqui para ler a matéria completa (em espanhol - Fonte: HispanTV).

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Forwarded from ♃ | Augusto Fleck ()
Feliz e honrado com minha primeira contribuição para o Portal Sovereignty.

Por aproximadamente meio milênio, o destino geopolítico da América Ibérica tem sido definido por uma luta íntima contra diversas formas de exploração — primeiro sob o sistema colonial ibérico, depois sob a influência de atores externos empenhados em manter a região como um proxy ideológico.

✍️ Augusto Fleck (@4ffleck)

For the Awakening of a Multipolar Ibero-America
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Forwarded from ♃ | Augusto Fleck ()
Existe um mau-caratismo muito forte implícito nessa premissa dos movimentos antirracistas de que o racismo é especificamente anti-negro porque se trata de uma categoria historicamente relacionada à escravidão colonial e seus desdobramentos.

É um tipo de gatekeeping que possibilita aos negros odiarem brancos sem consequências sociais ou legais, porque fora daquele contexto, ódio racial não seria racismo, apenas preconceito em sentido genérico ou até mesmo justificado pela opressão ancestral.

É claro que eles sabem que a conotação popular de racismo não é toda cheia dessa contextualização, e que a maioria das pessoas considerará qualquer ódio ou discriminação racial como racismo, mas isso garante certas vantagens políticas e jurídicas, além de um domínio acadêmico sobre o tema.

Pra piorar, esse tipo de aberração conceitual nascida nos EUA foi amplamente importada pela intelectualidade antirracista brasileira, que vive de adaptar os conceitos dos ianques à nossa realidade de forma anacrônica e abusiva.

De fato, eles precisam que assim seja, porque se surgir outro tipo de análise antirracista adequado aos outros contextos possíveis, o monopólio sobre o conceito seria perdido.

A ideia não faz nenhum sentido, mas continua forte e presente em discussões.

É preciso despertar.
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Hoje a PM apreendeu armas anti-drones numa favela carioca. Várias reportagens sobre o caso.

O que estão todos ignorando é aquele pequeno tridente na "embalagem". Normal. Policiais e jornalistas brasileiros não sabem o que é isso.

Eu explico: é arma enviada para a Ucrânia.
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“Queremos e exigimos a aplicação das penas mais rigorosas para aqueles que especulem com a miséria do povo”.

– Ramiro Ledesma Ramos
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Forwarded from Raphael Machado
Estou em São Paulo hoje para participar do Redcast. Amanhã tem palestra em São Bernardo do Campo.
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Forwarded from ♃ | Augusto Fleck ()
Havia uma oportunidade para Bolsonaro sair dessa atribulação pela qual passa ainda mais forte e carregando novamente a alcunha de mito, mas como bem apontou o Raphael Machado, Bolsonaro sucumbiu durante seu arco do herói.

Somente um ato muito vertical do Biroliro poderia ajudá-lo agora, um gesto de desacato violento e derradeiro, sacrificial.

Mas eu não acredito nisso.

Bolsonaro relegou a posição de pilar da própria luta com sua subserviência emocionada à Trump, fez um papel de vítima lamentável e tampouco teve dignidade estoica para enfrentar seu tribunal, fazendo súplicas e agarrando até as bainhas de Alexandre de Moraes.
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