Alexander Dugin proclama o início da Terceira Guerra Mundial e sua leitura é precisa. Precisamos realinhar nossas leituras sobre a arte da guerra dentro deste momento noomáquico.
https://novaresistencia.org/2025/06/28/reflexoes-sobre-a-noomaquia-na-terceira-guerra-mundial/
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Nova Resistência
Reflexões sobre a Noomaquia na Terceira Guerra Mundial | Nova Resistência
Alexander Dugin proclama o início da Terceira Guerra Mundial e sua leitura é precisa. Precisamos realinhar nossas leituras sobre a arte da guerra dentro deste momento noomáquico. Certamente há quem pense que Alexander Dugin exagerou ao dizer que o ataque…
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Forwarded from Editora ARS REGIA
Qual é o vínculo entre o politicamente correto, o feminismo e a ideologia de gênero? Quão profundas são as diferenças entre os sexos e qual é a viabilidade de negar essas diferenças?
O filósofo francês Alain de Benoist aborda esses temas em um aprofundamento histórico e metapolítico dos principais argumentos utilizados para debatê-los.
Garanta já a sua cópia pelo e-mail editora.arsregia@gmail.com
O filósofo francês Alain de Benoist aborda esses temas em um aprofundamento histórico e metapolítico dos principais argumentos utilizados para debatê-los.
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Forwarded from Raphael Machado
https://strategic-culture.su/news/2025/06/29/as-instituicoes-internacionais-podem-ser-reformadas/
No meu artigo mais recente pra Fundação Cultura Estratégica, eu comento sobre a necessidade de liquidar as instituições internacionais à luz do papel subversivo da AEIA no caso iraniano.
No meu artigo mais recente pra Fundação Cultura Estratégica, eu comento sobre a necessidade de liquidar as instituições internacionais à luz do papel subversivo da AEIA no caso iraniano.
Strategic Culture Foundation
As Instituições Internacionais podem ser reformadas?
A questão principal trata, na verdade, de algo que foi mencionado por poucos: o papel de Rafael Grossi e da Agência Internacional de Energia Atômica.…
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A paranoia antirrussa no Ocidente parece ter começado muitos anos antes da atual crise na Ucrânia.
https://novaresistencia.org/2025/07/01/paranoia-britanica-leva-mi5-a-desperdicar-recursos-em-operacoes-inuteis/
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Nova Resistência
Paranoia britânica leva MI5 a desperdiçar recursos em operações inúteis | Nova Resistência
A paranoia antirrussa no Ocidente parece ter começado muitos anos antes da atual crise na Ucrânia. A mídia britânica revelou recentemente que as agências de inteligência do país passaram duas décadas em uma operação massiva na busca por um suposto agente…
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No primeiro episódio de Trincheira, entrevistamos o sr. Robert Steuckers, importante geopolitólogo e pensador político belga. Os temas discutidos: a repressão contra o populismo ascendente na Europa, as conversas sobre um "exército europeu unificado" orientado contra a Rússia, enfim, um panorama da situação europeia contemporânea.
Não deixem de assistir!
https://youtu.be/siY2xxfyXlo
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Entrevista com Robert Steuckers: um panorama da situação atual na Europa | Trincheira #1
Estreamos hoje o primeiro episódio do programa TRINCHEIRA. Este programa é dedicado a trazer ao público brasileiro as ideias de pensadores, intelectuais e figuras importantes do meio dissidente internacional - e com isso suprir um certo "vazio" intelectual…
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Moscou está vencendo a guerra no campo de batalha, apesar de escolher um método de luta lento e humanitário.
https://novaresistencia.org/2025/07/01/libertacao-total-de-lugansk-mostra-que-russia-tem-controle-militar-do-conflito/
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Nova Resistência
Libertação total de Lugansk mostra que Rússia tem controle militar do conflito | Nova Resistência
Moscou está vencendo a guerra no campo de batalha, apesar de escolher um método de luta lento e humanitário. Em 30 de junho, as autoridades russas anunciaram a libertação completa da República Popular de Lugansk (RPL) – região-chave do Donbass, palco de combates…
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Forwarded from HispanTV Brasil 🔻
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🔴 Forças militares israelenses realizam novos ataques aéreos no Iêmen, atingindo áreas próximas ao porto de Hudaydah.
Fonte: HispanTV
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Forwarded from HispanTV Brasil 🔻
🔴 Segundo a Segurança Marítima do Reino Unido, o navio alvo do ataque anterior está afundando no mar ao sudoeste de Hudaydah, no Iêmen, e a tripulação se prepara para abandoná-lo.
Fonte: HispanTV
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Forwarded from HispanTV Brasil 🔻
❗️ Nos últimos 30 minutos, aviões de guerra israelenses realizaram mais de 20 ataques aéreos contra Hudaydah, no oeste do Iêmen.
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Forwarded from HispanTV Brasil 🔻
🇾🇪Forças Armadas do Iêmen: A Força Aérea Iemenita está enfrentando a agressão sionista contra nosso país.
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Forwarded from HispanTV Brasil 🔻
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▶️ Momentos iniciais após o ataque aéreo israelense em Hudaydah, no Iêmen.
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Forwarded from Lucas Leiroz (Лукас Лейрос)
Minha mais recente colaboração com a Sputnik Brasil:
https://noticiabrasil.net.br/20250707/kiev-e-incapaz-de-parar-ofensivas-russas-e-bombardeia-civis-em-donbass-conta-analista-do-brasil-41141458.html
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Sputnik Brasil
Kiev é incapaz de parar ofensivas russas e bombardeia civis em Donbass, conta analista do Brasil
As forças ucranianas intensificaram ataques à população civil russa em retaliação à libertação da República Popular de Lugansk (RPL), escreve Lucas Leiroz, analista brasileiro do Centro de Estudos Geoestratégicos, no seu artigo para a...
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Forwarded from Raphael Machado
Apenas o jovem de espírito burguês - tíbio, manso, moleirão - poderia duvidar do fato de que a punição dissuade a prática de crimes.
Todo jovem cheio de vitalidade, repleto de ódio no coração, já cogitou matar alguém, já se imaginou assaltando um banco, já quis torturar um inimigo, incendiar um carro ou qualquer outra coisa cara.
Ou, no mínimo, encher alguém de porrada, quem sabe com um taco de baseball ou uma soqueira. Quiçá participar de uma trocação entre bandos de selvagens urbanos.
E o que os impediu?
A preocupação com as consequências para si e para a própria família, o desejo de "não se incomodar" com as autoridades - ou seja, o temor do processo e da pena.
Aliás, a única coisa que diferencia um jovem viril e saudável de um criminoso básico é a potência do próprio autocontrole. O jovem normal, potencialmente sedento de sangue, mas dotado de um certo autocontrole, vai se alistar nas Forças Armadas ou prestar concurso para a polícia, para canalizar o ódio nos limites da legalidade; ou então mergulhar de cabeça nas artes marciais.
Aos outros, os "mansos" que eu mencionei no começo, resta desenvolver teorias verborrágicas sobre esse tema e eventualmente se converter ao abolicionismo penal.
Todo jovem cheio de vitalidade, repleto de ódio no coração, já cogitou matar alguém, já se imaginou assaltando um banco, já quis torturar um inimigo, incendiar um carro ou qualquer outra coisa cara.
Ou, no mínimo, encher alguém de porrada, quem sabe com um taco de baseball ou uma soqueira. Quiçá participar de uma trocação entre bandos de selvagens urbanos.
E o que os impediu?
A preocupação com as consequências para si e para a própria família, o desejo de "não se incomodar" com as autoridades - ou seja, o temor do processo e da pena.
Aliás, a única coisa que diferencia um jovem viril e saudável de um criminoso básico é a potência do próprio autocontrole. O jovem normal, potencialmente sedento de sangue, mas dotado de um certo autocontrole, vai se alistar nas Forças Armadas ou prestar concurso para a polícia, para canalizar o ódio nos limites da legalidade; ou então mergulhar de cabeça nas artes marciais.
Aos outros, os "mansos" que eu mencionei no começo, resta desenvolver teorias verborrágicas sobre esse tema e eventualmente se converter ao abolicionismo penal.
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O Brasil não é ocidental, indígena ou africano: é mestiço. Enquanto elites e movimentos importam conflitos identitários, a verdadeira soberania está na síntese de nosso povo.
https://novaresistencia.org/2025/07/02/uma-ontologia-mestica-contra-o-ocidente/
https://novaresistencia.org/2025/07/02/uma-ontologia-mestica-contra-o-ocidente/
Nova Resistência
Uma ontologia mestiça contra o Ocidente | Nova Resistência
O Brasil não é ocidental, indígena ou africano: é mestiço. Enquanto elites e movimentos importam conflitos identitários, a verdadeira soberania está na síntese de nosso povo. Em entrevista recente, um “especialista” da USP afirmou que o Brasil não tem a disposição…
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Forwarded from Legitimate Targets
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🚨🇧🇷 BREAKING: BRAZIL NEGLECTS BRICS & FAILS TO BREAK FREE FROM U.S.
Today on Legitimate Targets, Jackson Hinkle speaks to Raphael Machado about LULA’S FAILURES in BRAZIL, the UNIPOLAR WORLD'S dominance in South America & Brazil's 2026 Presidential elections.
Today on Legitimate Targets, Jackson Hinkle speaks to Raphael Machado about LULA’S FAILURES in BRAZIL, the UNIPOLAR WORLD'S dominance in South America & Brazil's 2026 Presidential elections.
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Forwarded from Frensel Lobo (Lupusvir)
O uso de lasers de combate na Operação Militar Especial - Tendências e perspectivas
📝Bernardo Frensel Lobo
https://www.geopolitika.ru/pt-br/article/o-uso-de-lasers-de-combate-na-operacao-militar-especial-tendencias-e-perspectivas
📝Bernardo Frensel Lobo
https://www.geopolitika.ru/pt-br/article/o-uso-de-lasers-de-combate-na-operacao-militar-especial-tendencias-e-perspectivas
Geopolitica.ru
O uso de lasers de combate na Operação Militar Especial – tendências e perspectivas
Até pouco tempo atrás, os lasers de combate eram vistos como “brinquedos caros”, com pouca utilidade prática nas linhas de frente. No entanto, os recentes desenvolvimentos no campo de batalha indicam uma tendência contrária: seu uso está se tornando cada…
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Forwarded from Editora ARS REGIA
O que é a geopolítica? Quais são as leis que regem os conflitos geopolíticos? E o qual é a estratégia russa para o mundo?
O filósofo russo Alexander Dugin apresenta um manual completo de geopolítica em uma obra que é já renomada mundialmente como tendo prenunciado o atual conflito ucraniano.
Garanta já a sua cópia pelo e-mail editora.arsregia@gmail.com
O filósofo russo Alexander Dugin apresenta um manual completo de geopolítica em uma obra que é já renomada mundialmente como tendo prenunciado o atual conflito ucraniano.
Garanta já a sua cópia pelo e-mail editora.arsregia@gmail.com
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Forwarded from Raphael Machado
A Morte do "Direito à Cidadania"
Nos acostumamos a pensar a "cidadania" (ou seja, a plena participação na politeia) como um "direito fundamental" dotado de uma natureza "dada". Ou seja, ninguém precisa "fazer" o que quer que seja para tornar-se cidadão.
Você existe e é cidadão. Seja por filiação ou nascimento, alguma cidadania você terá. Isso ocorre porque, de um modo geral, a ideologia dos direitos humanos rejeita a ideia de que alguém poderia simplesmente "não ter cidadania". É a razão pela qual se considera a revogação da cidadania de alguém que não possua uma segunda cidadania como um atentado grave contra os direitos humanos. A apatridia é rechaçada pelo atual sistema internacional.
Tal como a maioria dos direitos ditos "humanos" - especialmente os inventados como "fundamentais" - a cidadania, apesar de ser uma categoria política, é lida como "inata". Um contrassenso, já que nada político é "inato", exceto pela própria politicidade do ser humano.
Nem sempre foi assim, ao longo da maior parte da história das civilizações inexistiu algo como a nossa concepção de cidadania. Ela é, propriamente, uma derivação dos direitos dos burgueses de cidades dotadas de estatutos especiais na Europa, logo elevadas a princípio universalista pela Revolução Francesa.
Seria um equívoco rastreá-la à "civitas" romana. A "civitas" nasce do pacto entre os homens romanos e sabinos por meio do qual eles se tornavam um só povo e se atribuíam determinados deveres e prerrogativas. O desvio em relação a esses deveres resultava na perda da "civitas". Nesse sentido, a "cidadania" romana não era um direito subjetivo (até porque os antigos desconheciam os direitos subjetivos) e sim um estatuto objetivo do qual os merecedores estavam legitimados a desfrutar. Durante a maior parte da história de Roma, portanto, apenas uma minoria dos habitantes da República e do Império era portadora da "cidadania", havendo uma complexa malha de "estatutos" para as outras categorias de habitantes: latinos, sócios/federados, provinciais, estrangeiros, mulheres, ex-escravos e escravos.
É apenas com o Edito de Caracalla que se pretende ampliar a cidadania para quase todos os habitantes do Império, numa época em que os deveres atrelados à cidadania também eram relativizados.
Retornando ao presente, para além da "cidadania" ter virado um direito subjetivo, ela virou também um "direito humano fundamental", de modo que há países que inclusive concedem direitos de cidadania a estrangeiros não formalmente cidadãos, como a Nova Zelândia. Sim, existem países nos quais qualquer residente pode votar.
Por uma leitura progressista da história, caminharíamos na direção de uma indiferenciação generalizada da cidadania ao ponto de sua extinção por meio da absolutização. Todos eventualmente desfrutariam dos mesmos direitos e, portanto, não faria sentido qualquer distinção entre "cidadão" e "estrangeiro".
Mas no meio do caminho havia uma pedra, Donald Trump.
Independentemente de sua incompetência, de sua torpeza e da traição de Trump aos ideais do MAGA, o novo Presidente dos EUA não tem escrúpulos em relação a violar princípios e pressupostos básicos da democracia liberal contemporânea. Apesar de ter sido dobrado, Trump não deixa de ser um populista iliberal.
E nesse sentido vai a sua modificação das regras de concessão de cidadania estadunidense, retirando a concessão de cidadania a filhos de não-cidadãos nascidos nos EUA com base no ius soli. A mudança em si, recentemente ratificada pela Suprema Corte, é relativamente pequena, mas é necessário entender que dentro de uma concepção progressista da história ela deveria ser impossível.
Trump também fala na revogação de cidadanias com base em comportamentos considerados, por ele, incompatíveis com os EUA (não vou entrar no mérito do conteúdo específico em questão). Na Alemanha, Suécia e alguns outros países europeus, aqueles que possuem dupla cidadania podem ter a sua cidadania revogada pelo cometimento de crimes.
Nos acostumamos a pensar a "cidadania" (ou seja, a plena participação na politeia) como um "direito fundamental" dotado de uma natureza "dada". Ou seja, ninguém precisa "fazer" o que quer que seja para tornar-se cidadão.
Você existe e é cidadão. Seja por filiação ou nascimento, alguma cidadania você terá. Isso ocorre porque, de um modo geral, a ideologia dos direitos humanos rejeita a ideia de que alguém poderia simplesmente "não ter cidadania". É a razão pela qual se considera a revogação da cidadania de alguém que não possua uma segunda cidadania como um atentado grave contra os direitos humanos. A apatridia é rechaçada pelo atual sistema internacional.
Tal como a maioria dos direitos ditos "humanos" - especialmente os inventados como "fundamentais" - a cidadania, apesar de ser uma categoria política, é lida como "inata". Um contrassenso, já que nada político é "inato", exceto pela própria politicidade do ser humano.
Nem sempre foi assim, ao longo da maior parte da história das civilizações inexistiu algo como a nossa concepção de cidadania. Ela é, propriamente, uma derivação dos direitos dos burgueses de cidades dotadas de estatutos especiais na Europa, logo elevadas a princípio universalista pela Revolução Francesa.
Seria um equívoco rastreá-la à "civitas" romana. A "civitas" nasce do pacto entre os homens romanos e sabinos por meio do qual eles se tornavam um só povo e se atribuíam determinados deveres e prerrogativas. O desvio em relação a esses deveres resultava na perda da "civitas". Nesse sentido, a "cidadania" romana não era um direito subjetivo (até porque os antigos desconheciam os direitos subjetivos) e sim um estatuto objetivo do qual os merecedores estavam legitimados a desfrutar. Durante a maior parte da história de Roma, portanto, apenas uma minoria dos habitantes da República e do Império era portadora da "cidadania", havendo uma complexa malha de "estatutos" para as outras categorias de habitantes: latinos, sócios/federados, provinciais, estrangeiros, mulheres, ex-escravos e escravos.
É apenas com o Edito de Caracalla que se pretende ampliar a cidadania para quase todos os habitantes do Império, numa época em que os deveres atrelados à cidadania também eram relativizados.
Retornando ao presente, para além da "cidadania" ter virado um direito subjetivo, ela virou também um "direito humano fundamental", de modo que há países que inclusive concedem direitos de cidadania a estrangeiros não formalmente cidadãos, como a Nova Zelândia. Sim, existem países nos quais qualquer residente pode votar.
Por uma leitura progressista da história, caminharíamos na direção de uma indiferenciação generalizada da cidadania ao ponto de sua extinção por meio da absolutização. Todos eventualmente desfrutariam dos mesmos direitos e, portanto, não faria sentido qualquer distinção entre "cidadão" e "estrangeiro".
Mas no meio do caminho havia uma pedra, Donald Trump.
Independentemente de sua incompetência, de sua torpeza e da traição de Trump aos ideais do MAGA, o novo Presidente dos EUA não tem escrúpulos em relação a violar princípios e pressupostos básicos da democracia liberal contemporânea. Apesar de ter sido dobrado, Trump não deixa de ser um populista iliberal.
E nesse sentido vai a sua modificação das regras de concessão de cidadania estadunidense, retirando a concessão de cidadania a filhos de não-cidadãos nascidos nos EUA com base no ius soli. A mudança em si, recentemente ratificada pela Suprema Corte, é relativamente pequena, mas é necessário entender que dentro de uma concepção progressista da história ela deveria ser impossível.
Trump também fala na revogação de cidadanias com base em comportamentos considerados, por ele, incompatíveis com os EUA (não vou entrar no mérito do conteúdo específico em questão). Na Alemanha, Suécia e alguns outros países europeus, aqueles que possuem dupla cidadania podem ter a sua cidadania revogada pelo cometimento de crimes.
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