Nova Acrópole Brasil🇧🇷🏛
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Perfil oficial da escola de Filosofia Nova Acrópole
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Reflexão sobre o sentido da vida - Prof. Carlos Adelantado Puchal, Presidente da Organização Internacional da Nova Acrópole.
🌟Conselhos para encontrar o sentido da vida:

1°: Aprender a fazer perguntas a si mesmo. Se essa pessoa é capaz de fazer perguntas a si mesma e não consegue encontrar a resposta, talvez ela não esteja procurando de forma eficaz ou no lugar certo.

2°: Olhar para dentro de si e não para fora, porque há respostas que não podem vir do mundo externo. Que você tente perceber os valores que você valoriza dentro de si e, à medida que os desenvolve, encontrará, de maneira natural, os pontos de conexão com a vida.

3°: Porque aqui está outra questão, não menos importante: se a Vida tem sentido (e vamos supor que tem), como perceber esse sentido da Vida? Com que tipo de sentidos? É óbvio que precisamos desenvolver algumas forças latentes, por exemplo, o poder de perceber o sentido da Vida.

Prof. Carlos Adelantado Puchal, Presidente da Organização Internacional da Nova Acrópole.

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Trecho da entrevista com Carlos Adelantado Puchal (@carlos_adelantado_puchal), Presidente da Organização Internacional da Nova Acrópole.

🎥A entrevista completa está disponível no nosso canal do youtube.

A Nova Acrópole é uma Organização Internacional que propõe um ideal de valores permanentes para contribuir com a evolução individual e coletiva, através de suas linhas de atuação em Filosofia, Cultura e Voluntariado. A Nova Acrópole está presente em 60 países nos cinco continentes e tem mais de 400 escolas abertos.
Sua ação no mundo se baseia em três ideais fundadores:
O ideal da fraternidade universal, promovendo o respeito à dignidade humana, além das diferenças de gênero, culturais, religiosas ou sociais.
O ideal do conhecimento, promovendo o amor à sabedoria, através do estudo comparativo das filosofias, religiões, ciências e artes.
O ideal de desenvolvimento, a começar pela concretização das melhores qualidades e valores de cada ser humano, como base sólida para um mundo melhor.
O presidente da Nova Acrópole, Carlos Adelantado, explica os caminhos para esses ideais comuns.

#novaacropole #nuevaacropolis #sentidodavida
💡Um livro muito antigo da Índia, o Bhagavad Gîta, explica que há dois tipos de seres humanos que estão longe de saber. Os dois tipos são: o incrédulo e o ignorante.

O incrédulo é aquele que não quer saber. Quando dizemos algo a uma pessoa, qualquer coisa, e ela responde "Eu não acredito", o que ela está dizendo é "Eu não quero saber". É como se eu lhes dissesse: "Atrás destas cortinas há um barco". Se adotássemos a posição "eu não acredito", nunca saberíamos, porque realmente não queremos saber.

Porque podemos fazer algo muito simples e muito fácil; podemos avançar em direção às cortinas, abri-las e ver se há um barco ou se não há um barco. Não é uma questão de acreditar ou não acreditar, é uma questão de querer saber ou não querer saber. O incrédulo é um daqueles que estão mais distantes do conhecimento.

O outro, o ignorante, diz: “Mas quem é esse de acordo com o Bhagavad Gîta?” Ele acredita que já sabe. Esse é o maior ignorante de todos. Quem acredita que sabe, o que aprenderá se já sabe tudo? O que vamos ensinar a quem sabe tudo? Quem já está cheio de água não tem sede, nada mais cabe aí.

É por isso que gostamos tanto de Sócrates, que não era apenas o filósofo do povo, era também quem dizia que nada sabia, a única coisa que sabia era que nada sabia. O oráculo de Delfos disse, a certa altura, que ele era o homem mais sábio do seu tempo. E Sócrates exclamou: “Eu, eu? Mas eu não sei de nada."
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Bem, como se pode observar, estamos continuamente relacionando saber e poder. Estamos relacionando a palavra saber com a palavra poder, porque, para dominar essas partes que estão dentro de cada ser humano, é preciso saber: saber resistir, saber agir, saber querer e querer saber.

O caminho heroico é fundamentado em uma dualidade interna e externa: saber e poder. Se não sabemos dentro, se o ser humano não tem interiormente algumas certezas e não vai adquirindo segurança em sua vida, ele não será capaz de agir fora. Não será capaz de manejar sua vida, controlar suas circunstâncias. Não poderá. Portanto, saber é poder, porque o interno se reflete no externo.
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Trecho do artigo do prof Carlos Adelantado Puchal, presidente internacional de Nova Acrópole.
Sem convivência, é impossível criar um mundo melhor. 🤝



Nossa compreensão de que somos todos diferentes deveria nos ajudar a conseguir a convivência, pois ela nunca é entre iguais, mas entre desiguais que têm muito a trocar, ou seja, elementos de interesse mútuo.

⚙️A desigualdade nos une, como os dentes de uma engrenagem que entram nos espaços deixados pela outra, e vice-versa. A desigualdade e sua consciência nos permite transmitir força e puxar o fio do Destino, não nos afastando dele e de sua perspectiva da nova História.



🌟A desigualdade torna outras pessoas e diferentes perspectivas, opiniões e possibilidades interessantes. Gera, no meio da vida, esperança e entusiasmo, atividade, movimento positivo.

Então, a convivência torna-se possível e necessária, naturalmente necessária, não só entre os humanos, mas com todos os seres visíveis e invisíveis, abrindo-se fatores de percepção no oculto, insuspeitos para quem começa a trilhar o caminho. 🌌



A prática da Filosofia sempre ocorreu desde os tempos remotos nas escolas, em grupos, onde o uso do diálogo como ferramenta pedagógica era imprescindível, e o desafio de alcançar uma convivência harmoniosa era aceito por todos.



💡Por isso necessitamos de Filosofia.
Nenhuma das escolas, institutos ou outros órgãos de ensino habituais, estão oferecendo instruções válidas para a vida.



Em poucas palavras: ninguém nos ensina a viver, a aproveitar a existência ou a resolver os problemas que surgem constantemente; não aprendemos nada sobre a verdadeira fraternidade, nem a convivência, falta-nos cortesia e boas maneiras para fazer bom uso da liberdade.



Uma das matérias que estudamos no nosso curso introdutório de Filosofia é Socio-política e a arte de conviver. Venha refletir sobre esses assuntos essenciais para a vida em sociedade conosco. 🏛
💡A convicção é um alto compromisso psicológico, intelectual e moral que surge de uma adesão progressiva e fundada em boas razões, em provas, em experiências, em modelos e bases sólidas.
(...)
As convicções nascem de exercício constante das nossas capacidades interiores e da transformação paulatina de opiniões mutáveis em juízos estáveis.
(...)
Uma pessoa com convicções é tolerante. É firme no que lhe diz respeito, mas dá lugar aos outros. Sempre disposta a ouvir, não despreza os que pensam de outro modo.

Possui uma tolerância ativa: ouve os outros, expõe e defende os seus próprios pensamentos sem ferir, sem insultar. Sabe criar espaço para si mesma e para os demais. Abre espaço, gera espaço, reconhece o seu espaço, não invade o espaço alheio, não importuna, não inquieta nem maltrata os que estão à sua volta.

Não se impõe de forma tirânica nem se considera o cume da perfeição. É a sua convicção que a ajuda a avançar, a ser cada vez um pouco melhor.

Uma pessoa fanática pensa pouco ou nada. Admite como bom o que os outros lhe dão e desenvolve, em vez de sentimentos, paixões incontroláveis que a arrastam para ações inconscientes das quais nem sequer se arrepende porque não pode avaliá-las.
(...)
O fanático é, por definição, intolerante. Nem sequer aceita a existência dos que possam sentir e pensar de outro modo; por isso, procura eliminá-los a qualquer preço, sendo a morte e a tortura algumas das terríveis manifestações desta atitude.

O fanático não ouve, é incapaz de dialogar. Só sabe gritar alto e em bom som os seus princípios para ficar atordoado com a sua própria voz e não deixar espaço a nenhuma outra opinião. O fanatismo é raiz da tirania.

É certo que devemos conviver com muitos –demasiados– fanáticos, mas não podemos cair na cópia inconsciente desta aberração por muito que o absurdo que nos rege faça com que esta aberração ocupe mais tempo e espaço que as obras nobres e produtivas para a Humanidade.

Devemos manter a nossa integridade moral e convertermo-nos em seres humanos cabais e com autênticas convicções.

Trechos do artigo "#Convicção e #Fanatismo" de Delia Steinberg Guzman, presidente honorária de #novaacrópole
Uma das muitas doenças — e bastante graves — que aflige o ser humano atual é o intelectualismo.
As mesmas coisas podem ser ditas sobre esse mal como vários outros: que ele ataca certos tipos de seres vivos sob certas condições, e que geralmente aparece em certas idades; não é conhecida a causa que os produz, e os remédios aplicados estão em processo de teste com sucessos e fracassos alternados.



Como sempre, a doença começa a partir da decomposição de uma das partes do corpo. Quando a mente começa a funcionar sem ordem ou significado, quando as ideias se tornam obsessivas e monopolizadoras, sem dar origem a outra manifestação de vida, essa mente rarefeita sofre de intelectualismo.

O que até então constituía o saudável exercício das faculdades mentais – mais ou menos desenvolvidas – transforma-se num desejo desenfreado de acumular cada vez mais dados, de obter cada vez mais cifras, de encontrar uma razão — seja ela qual for — para o inexplicável, de raciocinar o irracional, de desprezar tudo o que não passa pelo crivo do intelecto.



Este homem doente está deformado. Sua cabeça cresce desproporcionalmente e todas as suas outras expressões diminuem em simultâneo: o sentimento esfria, a fé enfraquece, a vontade enfraquece, o corpo fica embotado. Tudo o que não pode ser racionalizado não vale a pena estar vivo.



Se consideramos essa curiosa e terrível doença, e porque há cada vez mais pessoas afetadas por ela e porque, infelizmente, a filosofia é frequentemente apontada como uma de suas causas. Nesse sentido, a filosofia é concebida como um exercício intelectual, no qual se combinam todos os conceitos, do concreto ao abstrato, e no qual a palavra tem muito mais valor do que o próprio conceito. A expressão favorita dos aprisionados pelo intelectualismo é uma linguagem sombria, extremamente complexa, sem sentido geralmente, mas impressionante, sonora e categórica, a ponto de impedir qualquer resposta ou desejo de maiores esclarecimentos.

Por todas estas razões, e face ao alarmante aumento de tal epidemia, queremos sublinhar mais uma vez o valor autêntico da filosofia como atividade integral, que visa desenvolver um ser humano autêntico em todas as suas possibilidades de expressão. Pensar e falar não são descartáveis, mas, ao contrário, devem estar vinculados a uma ação e a um sentimento correspondente. As faculdades intelectuais são fecundas enquanto outorgam armas positivas para harmonizar o ser humano; o corpo deve receber as devidas atenções, os sentimentos devem ser cultivados com o mesmo cuidado que as ideias, a vontade deve ser posta em ação para a realização real das mais nobres ambições.

A Nova Acrópole quer um homem equilibrado, onde a cabeça não pese mais que os pés, nem ocorra o efeito contrário.

A doença indicada, então, vem da ignorância, não importa o quanto a mente seja usada. E o antídoto mais eficaz é a sabedoria, onde todos os poderes humanos se unem para alcançar a expressão plena de cada um deles.

O homem saudável pode ser um intelectual, mas não um intelectualista.



Délia Steinberg Guzmán, presidente honorária de Nova Acrópole.
Feliz dia das Crianças

Muitas vezes, pensamos que a criança necessita ser educada no sentido de ser um engenheiro, um médico, uma habilidade para que ela produza algo.
Evidente, para isso necessitamos de uma formação técnica. Mas, se fosse só formação técnica, se fosse só produzir algo, faltaria um ponto importante, porque, se é uma pessoa vaidosa, uma pessoa orgulhosa, uma pessoa ambiciosa, falta um elemento ainda, que seria uma pergunta que eu faria para a gente refletir.
(…)
Então, o que teria que nascer no coração da criança?
É aí que encontraremos em todas as tradições algo muito importante. O que faz com que as qualidades do ser humano revertam realmente para o bem da sociedade é a Bondade.
Por isso que todos os seres iluminados falaram que desenvolver o coração de uma criança significa desenvolver a bondade que está latente no seu coração, como a laranja está latente na semente, que teríamos que fazer crescer para que ela predomine; para não ser somente um médico, mas um médico bondoso; para não ser somente um advogado, mas um advogado bondoso.
Para que essa bondade faça com que circule a energia, que ela dê para a sociedade e recolha da sociedade, para haver fluxo de vida entre a criança e a infinidade de experiências das quais ela terá que participar; por exemplo, em sua casa, ela deveria participar das brincadeiras com os cães, mas se ela só brinca e se diverte com os cães, ela simplesmente está tirando dos cães, mas ela tem uma necessidade, tem que ajudar a tratar dos cães, a mantê-los.
(…)
Para haver o fluxo da vida, para haver interligação entre as coisas, entre o homem e a semente, entre o homem e os pássaros, entre o homem e outro ser humano, para haver vínculo, tenho que dar e receber.
Estamos em um mundo em que pensamos às vezes só em receber, às vezes pensamos só em dar, e não fechamos o ciclo da vida. Os seres humanos estão ficando isolados, estão ficando à parte, ou muito egoístas e não dão. Isso faz com que a vida não crie vínculo, não crie força de unidade, não crie amor.

Prof. Luis Carlos Marques, presidente da Nova Acrópole no Brasil no seminário 30 anos da Convenção sobre os Direitos da Criança, no STJ, em 09/10/2019.